A quem se destina Escolhendo seu kit Antes de começar Montando a cabine Cockpit em 8 passos Os Canopies Fazendo Canopis Re-Scribbing Rebites Estais Metal Fatigado Shading Giz Pastel Wash Envelhecimento Em Andamento... Especiais Walk-Arounds Downloads Referências Sites de Aviões Outros Sites <<Voltar |
A Arte de Criar Rebites
INTRODUÇÃO: Saudações a Todos! Quase todo plastimodelista já deve ter vivenciado uma situação de ter que acrescentar detalhes em seus modelos, como por exemplo: painéis de instrumentos, coberturas acrílicas, antenas e outros. Isso ajuda a melhorar sobremaneira o resultado final do modelo, ressaltando sua "veracidade" em aparência, quando comparado ao verdadeiro. Porém, muitos se esquecem de que uma correta texturização do modelo (ou de uma simples peça) ajuda a melhorar ainda mais o resultado final de uma montagem.
Dentre outros detalhes, os "famigerados" rebites são um exemplo de texturização de uma fuselagem, asa ou algum componente visível no modelo que, por raras exceções, são de difícil avaliação, quando o plastimodelista pensa em adquirir um kit do seu modelo preferido (ou pretendido) sem abria a caixa e "ver" bem de perto as peças do conjunto. Com isso, muitas vezes ao abrir a caixa de um kit, nos deparamos com uma fuselagem isenta de rebites ou temos a surpresa deles estarem presentes, mas em dimensões não muito fiéis ao que deveria ser, seja pelo fator "escala" do rebite ou pelo fator "proporção" deles na peça. Felizmente, os fabricantes têm melhorado muito as fôrmas dos kits, minimizando este problema, porém, principalmente aqueles kits "reembalados" (mantendo a mesma fôrma de anos atrás) fazem com que o plastimodelista mais atento se sinta "na obrigação" de corrigir a textura apresentada.
Como "utopia", seria de obrigação do fabricante de kits retratarem uma determinada peça com a correta texturização pesquisada nos modelos reais, entretanto, a realidade é outra. As técnicas de criação de rebites que vou apresentar aqui é uma coletânea de várias técnicas pesquisadas na WEB, visando facilitar a pesquisa e apontar os pontos negativos e positivos de cada uma. São evoluções criadas desde os "primórdios" do plastimodelismo até os dias de hoje, com opções do tipo "improviso" até as técnicas avançadas. Não vou dizer qual é a melhor, pois "cada caso é um caso" para se aplicar determinada técnica. O que vai mandar é o bom senso do plastimodelista em perceber qual a melhor opção usar (não esquecendo o quesito que nós, Brasileiros, atentamos muito: O fator "financeiro"). TÉCNICA 1 – A "MÁQUINA DE FAZER REBITES" ARTESANAIS: Quase em meados dos anos 80, um plastimodelista brasileiro chamado Antônio José V. Jatobá (Maceió) criou e disponibilizou uma "máquina de fazer rebites" composta por um ferro de solda com uma agulha de costura presa na ponta. A agulha aquecida encostava no kit fazendo os rebites, apoiado por uma prancha revestida com papel milimetrado, que corria numa espécie de trilho.
Essa técnica dependia da destreza do operador, para não fazer rebites maiores ou não eqüidistantes. Provavelmente essa técnica não é mais usada, porém foi uma "evolução" no improvismo para a época. TÉCNICA 2 – O "ROLETE AMOLADO": Um interessante e bem bolado rolete (parecido com aqueles de cortar pizza), cuja lâmina é "dentada" e substituível por outras de várias espessuras.
Essa técnica cria rebites por toda a extensão da peça bastando que o operador tenha a mão firme ou use algo para direcionar o rolete (uma régua maleável, por exemplo). Pressionando a ferramenta ao passar pela peça, esta vai efetuando pequenos furos eqüidistantes que serão os rebites do tipo "baixo relevo".
Sua indicação geralmente é para escalas menores e sua desvantagem é a impossibilidade de gerar rebites em alto relevo.
Existem plastimodelistas que improvisam essa ferramenta usando engrenagens metálicas de antigos e velhos relógios despertadores. Isso é uma boa opção para quem não quer (ou não pode) gastar dinheiro com essas ferramentas. TÉCNICA 3 – AS "MICRO-BROCAS": Essa é uma técnica trabalhosa, mas apresenta um resultado muito bom. Consiste em adquirir micro-brocas com dimensões variadas (as brocas alemãs são as mais indicadas) entre 0,2 até 01 mm (geralmente acompanhadas de um mandril de tamanho proporcional) e efetuar furos previamente delimitados nas peças do kit.
Uma opção é fazer um molde em papel (com as medidas dos rebites e eqüidistância calculada) e efetuar os furos para depois remover o molde.
Muito útil para peças que retratam estruturas, fuselagens e asas de aviões modernos (e alguns antigos). A desvantagem é o "trabalhão" de fazer o furo um a um e a impossibilidade de gerar rebites em alto relevo. Usar uma ferramenta DREMEL ou similar ajuda a tornar o trabalho menos cansativo. Quando bem aplicada, essa técnica traz resultados excepcionais!
TÉCNICA 4 – DESENHO DE REBITES EM DECAIS COMUNS: Uma técnica indicada para quem tem domínio de ferramentas de desenho vetorizado e acesso a papel decal apropriado ao plastimodelismo. Consiste em desenhar (observando a escala correta e distância) os rebites usados no modelo e imprimir em papel decal uma quantidade que atenda ao modelo pretendido.
Após pintura e aplicação de verniz, o plastimodelista recorta "tiras" de rebites e aplica-os respeitando o chapeamento existente no kit. Esta técnica trás bons resultados, porém é mais indicada para kits maiores, onde o plastimodelista pode desenhar os rebites baseados nas fotos dos modelos reais (os rebites diferem em forma e tamanho, conforme o modelo da aeronave).
Para escalas menores, pequenos pontos impressos no decal servem para "rebitar" modelos 1/72 pintados com cores claras. Nesta técnica de rebitamento, após aplicar os decais de rebites, nova camada de verniz deve ser aplicada para fixá-los de vez, recebendo posteriormente o acabamento fosco (ou outro, conforme o modelo). A desvantagem dessa técnica é a impossibilidade de retratar rebites em alto relevo. TÉCNICA 5 – REBITES POR PUNÇÃO INVERSA: A punção é uma ferramenta pontiaguda, que serve para perfurar por pressão uma determinada superfície.
Nesta técnica, o plastimodelista utiliza uma pequena chapa de alumínio ou plástico, devidamente recortada no tamanho que atenda ao detalhe do modelo, e no seu lado inverso vai confeccionando os rebites aplicando a punção com pequena pressão (suficiente apenas para marcar, sem furar o material). Ao final, a peça marcada é virada, obtendo-se rebites em alto-relevo.
A desvantagem dessa técnica é que não é possível aplicá-la em todo o modelo e que os rebites podem não sair no mesmo tamanho, devido ao controle de pressão aplicado à punção. Porém, se bem aplicada, traz resultados satisfatórios.
TÉCNICA 6 – REBITES EM PAPEL ADESIVO: Uma técnica muito interessante e similar à Punção Inversa. Consiste em preparar uma agulha de injeção, esmerilhando a mesma para ganhar uma forma de ponta arredondada.
Depois, aplica-se a agulha por pequena pressão em um papel adesivo, recortando-o em seguida e aplicando no local desejado.
A pressão no papel gera um baixo relevo em forma de rebite, possibilitando evidenciá-lo através da técnica do wash. A desvantagem é conseguir um papel adesivo que resista à pintura final (embora as etiquetas modernas com camada brilhante resistam bem ao propósito) e a impossibilidade de se lixar a peça sem danificar o trabalho, caso se encontre alguma correção a ser feita em junções de conjuntos prontos. TÉCNICA 7 – REBITES EM DECAIS DE ALTO RELEVO: Essa técnica é a última palavra em criação de rebites. São folhas de decais vendidas por fabricantes internacionais contendo rebites em alto-relevo e para várias escalas.
Trata-se de uma película transparente com pequenos pontos em resina, criando um aspecto uniforme e em alto-relevo na superfície em que for aplicado.
Durante a montagem, o plastimodelista utiliza pequenas quantidades para retratar os rebites e depois receber a pintura e acabamentos finais.
Uma técnica moderna e eficaz. Sua desvantagem ainda é o preço e também "achar" o produto, embora hoje já se tenha certa facilidade de compra, devido à Internet. Como podem ver, existem muitas técnicas para a criação de rebites. O objetivo aqui foi apresentar as mais comumente usadas no mundo do plastimodelismo. Se pesquisarem na WEB vocês poderão achar várias outras técnicas não muito usuais, mas de extrema criatividade (como por exemplo a injeção de cola branca via seringa para fazer pequenos rebites). Mas o importante é testar a que mais lhe convier para melhorar ainda mais o aspecto do kit que estiver construindo. Até o próximo tutorial! Texto: Variedades | Como Construir | Dicas | Ferramentas Lojas no Brasil | Administrativo | Livros | Links Melhor visualizado em resolução 1366 x 768 |
|