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Meu Primeiro Diorama

Na minha infância, um evento incrivelmente esperado era ir com meu pai ao jornaleiro, todos os domingos. O Ponto Real, banca do falecido Valdemar era o lugar onde íamos às compras culturais lá em União da Vitória, interior do Paraná. Lembro das publicações que eram escolhidas por mim, e meu pai as comprava com prazer. Certamente essas leituras influenciaram minha vida e deram início a todos os artigos técnico/cientídicos que já publiquei. Além dos tradicionais gibis de super-heróis da Marvel, lembro que existiam kits de ciências chamados Eureka, onde montava desde motores elétricos à pilha, até cultivar criações de bactérias na geladeira (uma vez um tubo de ensaio quebrou na geladeira da minha mãe... mas essa é outra história). Existiam diversas outras publicações que estimulavam as crianças. Havia uma, que não lembro o nome, que consistia de uma folha maior que um A4, com um "fundo", e uma lâmina com transferíveis para serem aplicados sobre este fundo - um diorama.

O que também chamava muito a atenção eram as publicações do tipo "Destaque e Brinque". Vinham em forma de revistas, com papel cartão já picotado, facilitando a separação das peças. Os temas eram dos mais variados: de aldeias indígenas e castelos medievais, passando por carros de bombeiros, delegacias de polícia e postos de gasolina. As primeiras noções de montagem, espacialidade, distribuição e ação em dioramas certamente vieram daí (sem esquecer as famosas caixas de sucrilhos, que também traziam peças para montar !!!!).

Outro evento esperado era viajar para Curitiba. Naquela época, no interior, o tratamento médico não era tão facilmente encontrado. Tínhamos que vir para Curitiba. Mas o que estimulava era ir ao centro, comer pizza com vitamina de morango na Savoya e ir nas Lojas Americanas. Explico. As Lojas Americanas eram uma das poucas lojas que vendiam os kits plásticos da antiga e finada Revell Brasileira. Lembro que os kits ficavam onde hoje é a lanchonete, no andar de cima. Isso tudo lá pelos idos de 1979 a 1981.

A cada viagem eu podia ganhar um kit, pelo menos. Super Constellation (em 1/144), British Vosper (sim, uma lancha), LTV A-7D Corsair II e um fantástico Phantom F-4 foram comprados lá. Na época eu apenas montava (tinha 8, 10 anos) e colava os decais. Frequentemente, depois de brincar muito com os modelos, as embarcações terminavam boiando no lago lá da chácara, sendo afundadas a pedradas e as aeronaves explodidas com bombinhas no jardim da casa dos meus pais.

Estes dias (agosto de 2004) na lista de discussão do GPPRH (Grupo de Pesquisa e Plastimodelismo Ratos de Hangar), estávamos a comentar sobre "a primeira vez" e me lembrei do meu primeiro diorama.

Foi aqui em Curitiba mesmo, numa das viagens já descritas. Utilizei uma publicação com os transferíveis. Era uma cena de batalha do Vietnã, com soldados, trincheiras, muitas árvores (palmeiras) e aviões. Na época não sabia, mas eram Skyraiders, Migs e um avião que eu tinha recém comprado na Americanas: um Phantom F-4 (em 1/72, claro!!!).

Montei o avião na casa da minha tia mesmo, pois ficamos alguns dias aqui em Curitiba. Colei os transferíveis e lembro de ter apanhado alguns gravetos e pedras para terminar de compor o cenário. Com uma folha de papel fiz a pista de pouso e ficava brincando por horas e horas.

Gianfranco Muncinelli


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