Meu primeiro modelo mesmo, não foi um avião, que tanto aprecio, mas sim um navio! Eu tinha apenas 8 anos, e fui presenteado de aniversário por um casal amigo dos meus pais, de um navio de guerra chamado US Helena! Era da caixa dura, injetado pela Kikoler. Até hoje eu mal sei a origem deste navio, mas acho que era americano e da 2. guerra. Quando vi que era para montar, achei-o super complexo e primeiro a minha mãe, e depois meu pai, se ofereceram em montá-lo para mim. Montaram sem pintar e sem nada mais. Para mim que era criança, achei-o uma beleza e fui brincando com ele, durante os anos, até ir para o lixo. Este meu primeiro kit, foi la para 1970.

Com todo mundo ocorre, ganhamos pela primeira vez, quando somos crianças, e brincávamos com o mesmo também, e só depois de muitos anos e que vamos amadurecendo...

Em 73, ganhei de presente, um Nieuport 28 - 1/72 da Kiko/Revell. Muito frágil e cheio de rebarbas, montei como pude, e quando pronto, achei algo do outro mundo...

No ano seguinte, pedi para meus pais, de aniversário, um modelo, que fora o FW 200C-3/U1 Condor - 1/72 da Kiko/Revell. Complexo para mim, nos meus 12 anos apenas, mais quebrei do que montei, com a ansiosidade típica infantil que tinhamos e achava que num dia deveria ficar pronto. Lembro que era cheio de rebarbas, e os encaixes eram imperfeitos. Não pintei, e tentei aplicar os decais, e estes não saiam da folha!

Em 75 pedi para ganhar mais um kit, que foi desta vez o helicoptero HRS-1 - 1/48 da Kiko/Revell. Vinha em plástico azul escuro, na cor que era o aparelho real, mas os decais tambem não saiam da folha ou se quebravam totalmente... Para quem não sabe, o HRS-1 era o H-19 dos Marines.

Neste mesmo ano. lembro que foi lançado o Mirage IIIEBR em 1/32 nas cores da FAB e fiquei louco na época com a tal novidade. Comprei, montei, mal como sempre, e vinha em plástico imitando o alumínio e os decais funcionaram, e para mim havia ficado uma beleza quando pronto...

Em 76 pedi o B-17F - 1/72, que na época achei-o estupendo, mas complexo para mim. Vinha o plástico numa cor que assemelhava ao pardo oliva, e também os decais não funcionavam! Também neste ano, lembro-me que consegui uns kits da Frog, que eram bonitos quanto prontos, mas super pobres em detalhes. Tive o Typhoon, Zero e P-47B. Seus decais eram ótimos e vinha opção de se fazer de suas forças aereas diferentes!

No Natal deste ano, ganhei o Mariner em escala 1/118 da Kiko/Revell. Lembro que foi meu primeiro modelo dos encaixes perfeitos e decal muito bom, e quando pronto, foi o melhor modelo que havia feito nesta minha época de criança/adolescente.

Neste ano já havia começado a pintar com esmalte sintetico, brilhante mesmo e com pincel. Em 77, ganhei dois modelos que então me deram impulso para nunca mais parar. Era um B-36D em escala irregular da Kiko/Revell, e um porta-aviões Yorktown, que vinha cheio de Dauntless.

Em 78 em diante, tive meus primeiros 1/32, do qual não parei mais, onde segundo nesta escala fora um Corsair em 1/32 (O primeiro, na verdade, foi o Mirage IIIEBR), importado ainda por luxo, da Revell inglesa! Era um amigo do meu pai que havia ido para o exterior e trazido para mim.

Depois tive o A6M5 Reisen (Zero) da Kiko/Revell que veio super empenado e decais deficientes. Também havia começado com tudo em comerciais em 1/144 e tive o DC-8, 727-100, 707, DC-10 e ainda outros e não parei mais. Não tenho mais nenhm modelo desta época; Comprei tudo novamente, para se fazer como é o certo.

Pulando-se os anos, só foi em 88 que fui ter meu primeiro aerógrafo, o Badger 350, do qual uso um segundo deste, qual eu o julgo de praticidade inigualável. Ainda aprecio pintar com esmalte sintético, onde é uma tinta versatil e nos permite fazermos com ela o que desejamos. No final dou um fosco no modelo todo, que fica de tal maneira que não fica nada a desejar dos modelos feitos com outras tintas. Antes deste ano, comecei a preocupar em emassar o kit, e tentei inicialmetne com massa epóxi, que era ótima, mas tirava muitos detalhes do kit. Depois massa corrida, que era quebradiça, e lendo um antigo jornalzinho da Kikoler, sugeria massa para funileiro. Fizemos nossas experiências, e usamos até hoje, começando com aquela que usa catalizador. Depois sem esta, onde é uma massa cinza e pouco mais macia.

Só sei que se for somar, todos os modelos que já fiz até hoje, até mesmo para os outros, já devo ter feito perto de 150 modelos e sem data para parar, até um dia que minha vista ficar ruim, como ocorreu com um modelista amigo nosso, que parou por causa da vista que ficou mais que deficiente nos 59 anos dele.

É só por enquanto e espero que tirem suas conclusões.

Abraços.

Tadeu Pinto Mendes