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AMT/ERTL Boeing 367-80 1/72
Por:  (Outros modelos do autor)
Curitiba - PR

Dash-80 Dash-80 Dash-80 Dash-80 Dash-80
Dash-80 Dash-80 Dash-80

História:
O Boeing 367-80 foi o demonstrador do conceito do que Boeing 707 e KC135. Naquela época, a Douglas mandava no mercado cívil e a Boeing preparava uma carta-surpresa com o lançamento do primeiro jato cívil americano. Para esconder esse avião, ele recebeu a desginação 367-80. 367 era e designação do Boeing KC97 Stratotanker, e o -80 foi nada mais que uma maneira de enganar os curiosos. Na verdade, o modelo era totalmente novo e em nada parecia com o C97. Por essa designação, foi também conhecido simplesmente como Dash-80 (traço 80). A numeração da FAA (N70700), no entanto, levou a Boeing a chamar a série de Boeing 707, o que iniciou a sequência dos Boeing, válida até hoje.

O modelo passou por uma intensa série de testes ao longo dos seus 16 anos de serviço. Foi a maior plataforma de testes até então, totalizando 1691 vôos. Dentre os testes, podemos citar o uso de diversos motores, muitos deles, diferentes num mesmo vôo, e inclusive um quinto motor, instalado da mesma forma que o 727; mudanças nas asas; diversos tipos de trens de pouso e radomes de nariz. Todas essas intensas mudanças atestam a robustez do modelo. Fato que já havia sido provado com o famoso roll-barrel feito por Text Johnson em sua apresentação à FAA. (ver vídeo).

O 367-80 também é chamado de protótipo do 707, o que é um equívoco. O -80 é diferente tanto do KC135, quanto do 707, sendo mais curto e estreito que ambos. Na verdade, a idéia da Boeing de unir as versões militares e cívis nunca deu certo. Os modelos C135 e 707, possuiam menos de 20% de componentes em comum. Além disso, o alumínio usado na versão militar era mais simples que os cívis, pois achava-se que teria vida curta na USAF, o que na verdade revelou-se ser bem o contrário.

O Dash-80 muito modificado, hoje, repousa no Smithsonian Air and Space Museum

O Modelo:
O modelo foi contruído sobre o KC135 da AMT. Os motivos para essa escolha foram: O kit é mais estreito que o 707 e não tem janelas. Além disso, o KC135 possui as asas com o bordo de fuga curvo, o que não acontece nos demais kits de 707, sendo a opção mais sensata. Por fim, se eu tivesse um 707 faria-o da FAB ou alguma cia. nacional.

O KC135 da AMT é um kit muito bem feito. Possui linhas em baixo relevo e bons encaixes. é muito detalhado, com cockpit, refueling room e deck de carga, o que infelizmente, fica tudo bem escondido dentro da fuselagem.

Conversões:
A conversão mais pesada é o estreitamento da fuselagem, além dos encurtamentos de praxe (para quem costuma montar aviação comercial). O 367-80 é cerca de 0,4 cm (escala 1/72) mais estreito que o KC135, que por sua vez é 0,4cm mais estreito que o 707. Para fazer esse estreitamento. cortei a fuselagem nas seções em que ela era totalmente reta. marquei com fita os 2 mm de cada lado do encaixe e cortei com uma serra Dremel. Depois, bastou lixar as rebarbas até que o encaixe ficasse perfeito.

O avião também era mais curto, mas não sabia o quanto, à frente e atrás das asas, deveria ser cortado. Sabia que seria por volta de 2,2 cm. Isso foi feito meio no olhômetro: Notei que a seções do nariz e cauda, agora, eram mais largos que a fuselagem estreitada, mas eram no mesmo formato. Bastava reduzir a base do "cone" destes até que elas sem encaixassem corretamente. Depois disso, muito massa e lixa para retirar qualquer indício de emenda.

O nariz do -80 também e diferente do 707. Para fazê-lo, fiz um molde em resina do nariz original. Fiz uma cópia, e depois de cortado o original, e colada a cópia, fui desbastando com uma lixa grossa até adquirir o formato adequado.

Outra modificação com base em cópias, foram as frentes do motor J57 (outra vantagem de se usar o KC135, pois os motores PW do 707 são bem diferentes). Apesar de ser o mesmo formato dos motores J57 do B52 ou A3, possuem uma frente bastante diferente. Usei uma frente de motor de B52, copiei o molde e depois serrei-as no meio (lembre-se que o B52 tem dois motores em cada pod). Apesar de não ser o ideal, ficou bem mais parecido com o original.

Outras modificações de menor monta foram a redução da altura da deriva, retirada do boom de reabastecimento e fazer as janelas elípticas do modelo (o que felizmente não eram muitas). Por fim, desenhar uma segunda porta de carga (traseira) e pequenos detalhes como antenas, etc.

Um detalhe: com tantas modificações e testes, dificilmente acha-se duas fotos do avião em um mesmo momento. Cada foto apresenta uma antena, peça, motorização ou marcação diferente das outras. Optei por usar o de uma foto, que mostrava ele em seu primeiro vôo.

Pintura e Decais:
A pintura foi feita com tintas Duco especialmente fabricadas. Procurei os tons mais corretos, o que não era uma tarefa fácil, pois fotos da época não apresentam um colorido confiável, e as fotos do Smithosian apresentam um modelo muito modificado. Com as cores prontas, comecei a pintura.

Primeiro a laca acrílica para fazer o fundo metálico. Algumas variações de tom foram usadas para simular diferentes chapas de metal. As cores vermelh,branco e amarelo foram pintadas, usando-se fita tamiya para a separação das cores. O avião, ao contrário da maioria dos "comerciais" possuia asas pintadas, tanto na parte superior, quanto na inferior. O roll do Tex Johnson, alias, foi uma mão na roda, pois dificilmente temos uma foto do inferior do avião. Ao final da pintura, sendo tinta duco, fiz um polimento para dar brilho. A vantagem é que tinta duco é resistente à aguarraz, o que usei para fazer um wash com betume, mas partes que sujavam-se mais de óleo. O avião, para dizer a verdade, era bem sujo e até um fosqueamento de determinadas partes caberia aqui, mas optei por não fazer isso.

Os decais foram feitos por encomenda. Restringem-se ao texto-logo da Boeing e marcações de série (N70700). Algumas marcações como Boeing 707, na cauda, foram acrescentadas somente mais tarde. Ainda optei por colocar a marcação do centro de gravidade, o que era feito durante os primeiros vôos. Elas foram feitas com aerografia e máscara e não apresentavam muita dificuldade, uma vez que eram somente linhas retas.

Conclusão:
Apesar de todo o trabalho, posso dizer que o modelo foi relativamente rápido: Um ano e meio, o que para meus padrões, está acima da média. O modelo ficou muito bonito e, pelo seu tamanho (1/72), impressiona. Com certeza terá um lugar de destaque na minha estante.

Continuo firme na minha posição que a aviação cívil é o top-level do plastimodelismo. Os modelos, apesar de relegados a um segundo plano, são sempre muito complexos de se fazer e necessitam de uma perfeição de acabamento muito maior, exigindo muito mais do modelista. C


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