Plastimodelismo

  Autom?veis

  Avi?es Militares

  Avi?es Civis

  Caminh?es

  Dioramas

  Fantasia

  Fic??o e Espa?o

  Figuras

  Helic?pteros

  Militaria

  Montagens

  Motocicletas

  Navios

  Tratores

  Veleiros



Outros

  Estruturas

  F?rreo

  Paper Models

  Tampas



 << Voltar

Revell-G Heinkel He-177 Greif 1/72
Por:  (Outros modelos do autor)
Curitiba - PR

He-177 He-177 He-177 He-177 He-177
He-177 He-177 He-177 He-177 He-177
He-177

INTRODUÇÃO
O Heinkel He-177 Greif surgiu dos conceitos esdrúxulos do comando da Luftwaffe, no ínício da WWII. Um dos planos era criar um bombardeiro de longo alcance, mas que ao mesmo tempo pudesse atuar como bombardeiro de mergulho. A proposta da Heinkel para conciliar ambas as idéias foi criar um bombardeiro quadrimotor, mas que acionasse somente uma par de hélices. Cada par de motores atuaria, assim, sobre o eixo de uma super-hélice. O grande problema disso era que o espaço para os motores era muito pequeno para tanto calor, e muitos motores incendiavam-se sozinhos em vôo. Com isso, o Greif foi logo apelidado de Torch (tocha). Que eu saiba, apesar do projeto inicial, o Greif nunca atuou conforme os planos originais, como bombardeiro de mergulho, sendo usado somente como bombardeiro de nível. Houve projetos para separar os quatro motores, originando os He-277 e o He-174. Ambos não passaram da fase experimental.

Sua capacidade pesada e tornou uma excelente platarforma antinavio, principalmente quando usava os primeiros "mísseis" guiados, com a Fritz/Krammer X e a Henschel Hs-293. Na verdade, não eram mísseis realmente. Embora tivessem certa capacidade de empuxo, este era usado somente para controle da bomba, em sua queda controlada via rádio. O inconveniente dessa arma era que o avião tinha que se manter nivelado, para que o bombardeador mantivesse a mira das bombas.

O Greif é, com certeza, um avião muito exótico. Além dos motores citados, seus trens-de-pouso com quatro rodas principais eram, na verdade, quatro peças independentes. Era cheio de protuberâncias e detalhes que tiravam a função aerodinâmica. Quanto a isso, em se tratando de plastimodelismo, acho muito atraente esse tipo de detalhamento.

O KIT
Esse é um dos novos kits da Revell Alemã. Um kit com muita qualidade de injeção e bom detalhamento interno. Algumas partes da cabine são removíveis, de modo a tornar o interior (mais) vísível. Essas peças, ao contrário de muitas parte móveis, têm um encaixe perfeito, não prejudicando o visual do modelo. Esse kit é tão bem detalhado que costumava dizer: "Se você não olhar a escala, pelas instruções, pensará que está montando um 1/48".

O kit é bem detalhado, permitindo que você o mote Out-of-Box sem perder nada em qualidade, embora já haja detail-sets interessantes como os motores abertos e flaps baixados. No entanto, como já conhecia o modelo, acabei montando-o do original, trocando apenas a pintura para dar um diferencial.

O primeiro kit desses, em montei em 2001. Acabei comprando outro, já que achei uma boa oferta, este é o segundo modelo montado. O primeiro, caso queira ver, também está na galeria de fotos.

A MONTAGEM
Originalmente estava trabalhando no FW200 Condor, que era o lançamento recente da Revell Alemã. Com isso, eu praticamente aproveitava o trabalho deste outro, pois tudo era muito semelhante. Ambos têm a mesma qualidade, detalhes do interior, pintura. Até mesmo a pintura externa poderia ser aproveitada, se fosse o caso.

Grande parte do detalhamento está na cabine, onde gasta-se duas folhas das instruções dedicadas a isso. As peças têm um encaixe perfeito. O único senão é que, mesmo a fuselagem com encaixe perfeito, e a cabine também, quando tenta-se colar a fuselagem COM a cabine já pronta, aparece um problema de encaixe. O ideal é resolver esse problema antes de colar, ao invés de colar e emassar as fendas. Isso porque a peça superior, escamoteável, não ficará mais com o encaixe perfeito, prejudicando o modelo. A solução é bem simples, é só raspar um pouco as bordas de uma parede da cabine.

Outro detalhe problemático são dois "ralos" que há na parte superior, bem no meio da fuselagem. Essas partes, encaixam-se em um baixo relevo, impossível de ser lixado, para tirar a emenda da fuselagem. Achei isso, o maior pecado do projeto do kit. Pensei várias formas de resolver isso. Por fim, a solução saiu bem simples (após várias outras tentativas). Abri, na fuselagem, o furo dos dois "ralos" e juntei as fuselagens. Depois, usando acrílico transparente para artesanato, apliquei uma gota nos dois furos. Com o peso e a tensão superficial, a parte plana "desce" e ao secar fica uma peça convexa, muito convincente.

Outro erro aparece nas instruções. São as asas da Fritz X. Elas aparecem invertidas, com o enflexamento na parte frontal, sendo que o mesmo deveria estar no bordo de fuga. Isso não é problema para a montagem, basta virar as peças, que são realmente separadas do corpo da bomba. O cuidado mesmo é não confiar na folha de instruções.

PINTURA:
Uma característica interessante na série de "bombardeiros navais" da Luftwaffe (He-177, Fw-200 e o Ju-290) foi o fato de a caixa trazer uma opção pouco usual da pintura. Nesse caso, a opção de pintura com RLM 73, manchas em RLM02 e fundo com RLM65 é bem raro, pois só achei uma foto dessa pintura.

Os kits que vi montados do He-177 sempre traziam uma das opções de pintura da caixa (havia ainda um segundo esquema, opcional). Andei procurando por referências e em vários livros do Greif, notei que havia várias variações de pintura. Para fugir do lugar comum, queria uma opção que fosse diferente e ao mesmo tempo complexa. Inicialmente, procurei por um esquema conhecido com Verme-Macarrão (Worm-Nudeln), mas não fui feliz nessa tentativa. Minha habilidade com o aerógrafo ainda não foi o suficiente. (Quem sabe num terceiro kit?). Escolhi um esquema mais simples, mas que ainda apresentasse complexidade. O avião TM+IF foi a melhor opção nesse sentido.

Pelo que vi, todos os esquemas são aplicados sobre o esquema básico de linhas retas RLM 70/71, com fundo em RLM 65. Assim, primeiramente, apliquei o esquema básico, para depois trabalhar na variação. A pintura básica não apresenta segredos e as tintas Model Master mostraram-se excelentes para o trabalho.

Depois, as manchas, foram feitas em RLM 78 (por falta da RLM 76), com aerógrafo com pequena abertura e uma diluição adequada. O segredo era acertar a diluição na pressão usada, para que não ficasse respingos, nem que ficasse muito líquido, escorrendo ou tirando a pintura inferior. Curiosamente, usei uma pressão relativamente alta, ao contrário do que recomendam muitos modelistas. Alguns respingos e erros foram corrigidos usando-se a mesma técnica, mas ao invés de pintar as manchas azúis, eu reforçava "as linhas" verdes. Felizmente, não foram muitos os casos.

A parte manchada na cauda foi aplicada com a mesma tinta em movimentos ondulados rápidos e mais longe que os da fuselagem, no sentido do vôo da aeronave.

DECAIS:
Dos decais do kit original, acabei usando somente os stencils, que apesar de pouco visíveis, são a maior parte dos decais do modelo e levam muito tempo para serem aplicados. As letras foram "catadas" de vários kits da Luftwaffe que tenho aqui. Se não me engano, os TM foram pegos do Fw-200 Condor (uma das versões disponíveis) e o I e F foram cortados de outras letras, como o T e o E, que eu tinha disponível. A suástica, não apresentada nas fotos, pois os modelos da Revell não trazem mais esse detalhe, por questões legais. Foram aplicadas mais tarde, após conseguir um set de decais em separado.

CONCLUSÃO:
Sou partidário dos aviões "tão feitos que até voam". Esse com certeza é um deles. A quantidade de detalhes não aerodinâmicos torna-o um kit interessante, tanto na montagem, quanto visualmente. Também não me canso de elogiar o trabalho da Revell nesse kit. Provavelmente, apesar de ter muitos outros aviões na fila, ainda não será meu último He-177 montado. Quem sabe?


Eventos | Fórum | Eu Quero! | Mercado de Pulgas | Galeria
Variedades | Como Construir | Dicas | Ferramentas
Lojas no Brasil | Administrativo | Livros | Links

Melhor visualizado em resolução 1366 x 768