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Hasegawa P47 RAF 1/48
Por:  (Outros modelos do autor)

P47 RAF P47 RAF P47 RAF P47 RAF P47 RAF
P47 RAF P47 RAF

Introdução
Durante a 2ª Guerra Mundial, a RAF (Royal Air Force - Força Aérea Real) recebeu 240 P-47 Razorback (redenominados Thunderbolt I) e cerca de 600 P-47 "bubble top" (Thunderbolt II). Exceto alguns exemplares baseados no Egito, o restante das aeronaves encontrou ação no teatro da Índia/Burma como caça-bombardeiros, em substituição aos Hurricanes. Muitos esquadrões estavam esperando serem reequipados com Spitifires, e ficaram surpresos ao receberem este "monstro". Ocorreram consideráveis acidentes quando pilotos da RAF não souberam gerenciar a incrível velocidade de mergulho do P-47. Alguns P-47 da RAF sobreviveram à guerra, e o último desapareceu de vez em 1946.

Construção
Este avião é na verdade um P-47D-30. Esta variante foi feita a partir do kit da própria Hasegawa, que representa o P-47D-25. A principal diferença entre as versões é que na D-30 há sob as asas, logo atrás dos porões dos trens de pouso, compensadores de mergulho. No kit da Hasegawa do D-30, a marca oferece estes compensadores como photoetched. Peguei meu D-25 do meu estoque, e marquei nas asas a área que necessitava ser recortada para a instalação dos compensadores, fiz os compensadores com uma fina chapa plástica, cortei, e... tinha o par de compensadores!!

Uma foto do avião real (que serviu no 34º Esquadrão) no livro de Goeff Thomas - RAF P-47's, mostra que ele não possui o filete dorsal que era padrão na variante D-40, e instalada em aviões de séries anteriores por questões de segurança. A hélice não é evidente, mas a Curtiss Eletric era padrõa nos P-47D-30 (e por razões de manutenção, a RAF preferia hélices intercambiáveis).

Usei o cockpit da Black Box, que encaixou muito bem, embora eu tenha achado que a resina seja um pouco mais quebradiça do que outras que já vi. Todo o interior foi pintado com a cor "US Interior Green", que até pode não parecer correta, mas para mim ficou bem satisfatório.

Também usei os porões dos trens de pouso da Aires. Um monte de rebarba precisou ser removida das peças ainda assim não teve um encaixe muito bom. Só após remover muito plástico dos encaixes das asas na fuselagem é que consegui. Um pouco de cola resolveu o problema definitivamente. Após o encaixe das asas, ficou um razoável vão entre as asas e a fuselagem, que eu já havia visto em outros kits de P-47 da Hasegawa. Utilizei chapas finas de plástico para preencher o vão, e com muito trabalho acertei o diedro, deixando secar a cola de um dia para o outro. Depois de muito lixar, as linhas dos painéis foram refeitas, bem como os dois pequenos detalhes bem próximos aos encaixes da parte inferior do avião.

O restante do kit foi montado conforme as instruções. A Hasegawa parece tem um problema com o molde do cowling (capô do motor) do P-47, onde um grande "dente" é evidente entre o anel e a linha central. Um cuidadoso trabalho com estilete resolve o problema, mas atenção ao fazer isto.

Pintura e marcações
A maioria dos Thunderbolt I em serviço na RAF na região oriental era pintada nos tons Dark Green/Dark Earth/Medium Sea Grey. O mesmo esquema era feito nos Thunderbolt II iniciais, mas depois eram entregues em acabamento de metal natural, alguns até com faixas coloridas. Nestes casos o cocar azul substituía as bandas brancas de identificação dos aviões camuflados (algumas fontes citam como "identification blue" mas não estou certo se é a cor com nome diferente ou se é de fato uma cor diferente). De qualquer forma aerografei com tinta Xtracolor Roundel Blue as áreas necessárias, que foram posteriormente mascaradas com fitas de 24" nas asas e 18" na cauda (leme e estabilizadores). Apliquei também a cor Olive Drab na área conhecida como anti-ofuscamento, que também foi mascarada. Porões dos trens de pouso foram pintados com Xtracolor Zinc Chromate. Depois de tudo seco e bem isolado, pintei o restante com esmalte preto brilhante (eu não uso acrílicos). Em seguida apliquei uma fina camada da tinta Alclad II White Aluminium com meu Badger 200... e ficou parecendo que eu tinha passado mel e arrastado numa caixa de areia! Deduzi que passei uma camada muito fina a uma longa distância, que fez a tinta secar ainda a caminho do kit. Lixei tudo e voltei a aplicar o preto brilhante seguido da Alclad, mas desta vez usei meu aerógrafo AZTEC 470, que me deu um grande controle do ar e densidade da camada. Um melhor resultado foi obtido. A cor Dark Aluminium foi aplicada em alguns painéis para dar um efeito visual.

Os decais são da Aeromaster, folha nº 48-302. Usei algumas marcações da folha que acompanha o kit, mas parece que a RAF não utilizava muitas marcações em seus Thunderbolt.

Detalhes finais
As robustas rodas do kit foram utilizadas, e o acessório da Aires forneceu também as portas dos porões, mas achei as do kit mais finas, que foram utilizadas no final.

A foto no livro de Geoff Thomas mostra o avião com os tanques alares conhecidos por "paper tanks", e estes então foram acrescentados, retirados de um outro kit (Academy, se não me engano). Finalmente uma camada de verniz brilhante da Humbrol selou tudo. Ainda utilizei a cor Humbrol Steel Metalcoat nos pequenos exaustores.

Conclusão
Os kits da Hasegawa e da Academy do P-47 têm seus pontos bons e ruins, mas ambos oferecem uma boa representação do modelo se montados direto da caixa (out-of-box). Recentemente a Tamiya lançou a versão Razorback do P-47. Talvez os encaixes do kit da Academy sejam mais perfeitos, mas ainda prefiro os da Hasegawa. Sem os acessórios de resina este kit pode ser montado em alguns dias e expostos em qualquer concurso ou exposição. E este esquema de pintura da RAF é muito interessante e geralmente neglicenciado. Os decais que usei são um pouco "velhos", mas quem sabe serão relançados pela Aeromaster ou pela Eagle? Que tal uma folha para o Thunderbolt I camuflado?


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