Introdução:
O Douglas A3 foi o primeiro jato com capacidade nuclear a operar em porta-aviões. Sucessor do AJ1 Savage de curta duração, o A3D foi o maior avião a operar regularmente em porta-aviões (A Marinha chegou a testar um C130 e um U2, mas ambos mostraram-se incompatíveis com o uso).
Logo após seu início de carreira como bombardeiro nuclear, houve uma reviravolta no cenário estratégico e o bombardeio com uso de bombas de queda livre deixou de ser uma opção viável. No entanto, o A3 mostrou-se uma boa plataforma aérea e assumiu diversas funções, tais como reabastecimento em vôo (KA3), guerra eletrônica (EA3 e EKA3), Transporte VIP e treinamento de pilotos (TA3).
Seu design foi tão bem sucedido que a USAF também encomendou modelos, chamando-o de B66 Destroyer. Apesar de algumas diferenças no nariz, cockpit e trem de pouso, o avião segue as mesmas linhas.
Os últimos A3 sairam de operação nos anos 80, quando foram desenvolvidas suites pequenas que podiam ser transportados por aviões comuns para guerra eletrônica e reabastecimento em vôo.
O Kit>
O modelo da Hasegawa (KA3D) é um dos vários moldes que a empresa lançou já que todas as variantes seguem a linha básica, apenas com algumas partes extras. O molde é bom com detalhes em baixo relevo e bom de encaixe. O interior deixa a desejar, mas eu adquiri um set de detalhamento da Eduard. No final das contas não adianta muita coisa.
Montagem:
Resolvi fazer o modelo com as asas dobradas. Essa foi a parte mais complicada da montagem. Cortei as asas, as quais tem um desenho de dobradura bem estranho e fiz os detalhes das caixas das asas usando massa putty e lata-etcheds. As asas, quando dobradas, exigem que os slats fiquem baixados, para não se tocarem (isso no modelo real, é claro). Fiz o mesmo no modelo, procurando o maior número de referências.
No mais, a montagem ocorre sem segredos. O cabide dos motores precisa um pouco de lixa e é difícil fazê-lo após montado. É mais fácil montar antes de encaixar as asas.
Pintura:
Tentei fazer a dica de envelhecimento traduzida no site (Veja aqui), mas nem tudo deu certo, principalmente pelo fato de a dica não ser ideal para fundos brancos. Seja como for o resultado ficou aceitável. Além disso, pelas fotos, esses aviões não tinham o aspecto muito desgastado.
Também não me preocupei muito com FS das cores. Usei Humbrol 166 para o cinza e Branco da ColorGin para o fundo.
Decais:
Não há muito segredo. Usei a folha da Hasegawa, versão do VAH-8, pois acho radome branco muito mais bonito que os de focinho preto (segunda opção VAH-34). Não há muitas complicações exceto dois poréns: Primeiramente, o cocar do VAH8 que fica do lado esquerdo, onde passa a sonda de reabastecimento. Não encontrei referências se o mesmo seria sobre ou sob a mesma. Em outra review na internet, o modelista questionava esse ponto, dizendo que era sob, mas não tinha referências. Consultei outra pessoa que também está montando o modelo (João Damiâes) e ele disse ter uma foto que confirma que o correto seria por cima, como o fiz.
Outro cuidado é colocar o número do avião (102) na posição correta, também do lado esquerdo, para ficar sob a sonda, sem tocar os pontos de encaixe.
Conclusão:
O skywarrior é um avião que acho muito bonito, mas acho que ele é ainda mais elegante quando em vôo, pois seu trem de pouso e portas tem um posicionamento meio estranho. Também gostei da pesquisa sobre o avião, gostei muito dos modelos com nariz mais pontiagudo (séries iniciais), que podem ser convertidos com um set de conversão.
O modelo é bem tranquilo de executar e fica bem bonito no final. Não sei se as asas dobradas foram um erro ou não. Ele também fica interessante de asas abertas. Talvez eu monte um com o nariz inicial e asas abertas para completar a coleção.
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