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Porta-Aviões
HISTÓRIA A primeira decolagem de avião a partir de um navio foi efetuada pelo americano Eugene B. Ely em 14.11.10, a partir de uma plataforma montada na proa do USS Birmigham, utilizando um biplano Curtiss. No dia 18.01.11, Ely, pousou e decolou numa plataforma provisória na popa do cruzador USS Pennsylvania. Nos dois casos os navios estavam ancorados.
Na Inglaterra, o Tenente da Marinha C. R. Sanson, num Short S.38, decolou de uma plataforma montada sobre os canhões de proa do couraçado HMS Africa, também ancorado. Em 09.05.12, Samson decolou o S.38 do HMS Hibernia, que navegava a 15 nós. Na França, Réné Caudron decolou com um biplano Caudron de uma plataforma construída no tender de hidroaviões Foudre em 08.05.14. Outros tenders de hidroaviões foram usados pela França a partir de 1916 para combater a Turquia, usando aeronaves Nieuport NG biplaces. Com o advento da guerra em 1914 e comprovada a utilidade do aeroplano para as operações da frota, vários países adaptaram navios para transportar hidroaviões que decolavam e pousavam no mar, sendo içados a bordo para reabastecimento e deslocamentos para as áreas de operações, eram os tender de hidroaviões. Contudo, sentia-se a necessidade de um sistema que permitisse o avião decolar e pousar sem que houvesse a parada do navio. Também as plataformas adaptadas nos navios de combate eram indesejáveis, pois impediam o uso dos canhões pesados. Assim, diversos navios de batalha foram adaptados, além de outros receberam catapultas giratórias e outros usarem aviões rebocados em pequenas plataformas flutuantes. Paralelamente a esses navios que foram ainda usados por algum tempo e os tenders de hidroaviões, começava o desenvolvimento de uma classe de navios especializados no transporte, lançamento e recuperação de aviões e que pudesse acompanhar a frota em operações. Na Segunda Guerra o porta-aviões com convés desimpedido já estava desenvolvido e passou de auxiliar a principal navio na frota em combate, terminando o reinado do couraçado. Diversas batalhas importantes foram decididas somente com os aviões transportados pelas frotas, sem que os navios de linha tivessem se encontrado. ALEMANHA TENDERS DE HIDROAVIõES No início da Primeira Guerra, a Marinha alemã converteu diversos barcos como tender de hidroaviões para uso no mar Báltico. A maioria não possuía hangar e somente içava ou baixava os hidroaviões ao mar. O GLINDWR era um mercante de 6.000 toneladas convertido com um convés na popa. Fazia 10 nós e transportava 6 aeronaves. O HUGO STINNES foi convertido de um pequeno mercante de 2.700 toneladas e transportava 3 hidros. O ANSWALDS deslocava 13.200 toneladas e operava 6 hidros. O SANTA ELENA deslocava 13.900 toneladas e operava 6 hidros. O OSWALD deslocava 7.600 toneladas e levava 6 hidros. O STUTTGART foi convertido de um cruzador, dotado de hangar entre as chaminés e o mastro traseiro e manteve o armamento de proa. Deslocava 3.800 toneladas, fazia 23 nós e operava 3 hidros.
O STUTTGART foi convertido de um cruzador, dotado de hangar entre as chaminés e o mastro traseiro e manteve o armamento de proa. Deslocava 3.800 toneladas, fazia 23 nós e operava 3 hidros.
Na década de 30 e 40, diversos barcos foram construídos ou convertidos para apoiar aviões civis que ligavam a Europa com as Américas. Possuíam um guindaste na proa e uma catapulta que corria ao longo do barco para lançar a aeronave. Operavam no máximo dois hidroaviões. Foram requisitados para serviço da Luftwaffe. O WESTFALEN deslocava 5.365 toneladas e operou no Báltico e Noruega, o SCHWABENLAND deslocava 8.180 toneladas e operou no litoral da França e depois na Noruega. O OSTMARK era um pequeno barco de 1.280 toneladas que operou na Noruega e França. O FRIESENLAND deslocava 5.430 toneladas e operou na França e Noruega.
Construídos especialmente para a Luftwaffe foram os tender SPERBER de 1.080 toneladas, os dois classe BUSSARD de 2.040 toneladas, os quatro classe KRISCHAN de 196, 375, 880 e 980 toneladas respectivamente, capazes de operar 2 hidroaviões; os quatro barcos classe KARL MEYER de 1.157 toneladas para 3 hidroaviões, os 3 classe HANS ALBRECHT WEDEL de 1.215 toneladas para 3 hidroaviões e o pequeno GREIF de 890 toneladas.
Relação dos tenders de hidroaviões alemães:
PORTA-AVIõES DE ESQUADRA Em 1938, o GRAF ZEPPELIN foi projetado para deslocar 19.250 toneladas ou 29.000 toneladas carregado, fazer 35 nós e operar 40 aviões, sendo 28 Ju 87C e 12 Me 109T. O Messerschmitt Me 155 deveria substituir o Me 109T mas ficou só no projeto. Era pesadamente blindado e possuía armamento pesado. Foi lançado ao mar em 08.12.38, mas sua construção foi suspensa em 1940, retomada em maio de 1942 e finalmente abandonada em fevereiro de 43. O casco já com o convés de vôo foi afundado em Stettin, recuperado pelos russos em 1946, utilizado como navio-alvo e posteriormente desmanchado. O PETER STRASSER tinha desenho semelhante, foi desmanchado em 1940 quando ainda no início da construção.
PORTA-AVIõES AUXILIARES DE ESQUADRA A conversão do cruzador SEYDLITZ de 17.140 toneladas para transportar 18 aviões chegou até o convés de vôo em 06.43, quando foi paralisada. A conversão do mercante EUROPA de 44.000 toneladas foi paralisada em 11.42, a do POTSDAM de 17.520 toneladas em 02.43, a do cruzador leve francês DE GRASSE de 11.400 toneladas foi paralisada em 02.43 e a do mercante GNEISENAU de 18.160 toneladas foi cancelada em 11.42, antes de ser iniciada. Relação dos porta-aviões auxiliares de esquadra alemães:
ARGENTINA PORTA-AVIõES DE ESQUADRA Os porta-aviões ingleses leves de esquadra da classe Colossus foram adaptados com convés angular e classificados como porta-aviões de esquadra na Marinha Argentina. O INDEPENDENCIA utilizou caças Chance Vought F4U-5 e -5N Corsair. Depois jatos Grumman F5U Panther e Cougar. O VEINTICINCO DE MAYO equipou com caças-bombardeiros a jato Douglas A-4 Skyhawk e Dassault Super Etendard, anti-submarinos Grumman S-2 Tracker e helicópteros Sikorsky SH-3 Sea King anti-submarinos e Aerospatiale Alouette III.
INDEPENDENCIA
AUSTRÁLIA TENDER DE HIDROAVIõES Em 1929, o tender para 9 hidroaviões HMAS ALBATROSS de 6.350 toneladas foi construído em 1929, na Austrália como navio auxiliar da defesa da costa. Foi entregue à Inglaterra em 1938 como pagamento inicial do novo cruzador Hobart.
PORTA-AVIõES LEVES DE ESQUADRA O TERRIBLE, porta-aviões leve de esquadra inglês da classe Magestic foi recebido em 1949 e batizado HMAS SYDNEY. De outubro 1951 a fevereiro de 1952 o SYDNEY, com aviões Hawker Sea Fury e Fairey Firefly, efetuou seu primeiro turno de combate na guerra da Coréia, onde efetuou 2.366 sortidas de combate, com a perda de 7 Sea Fury e 3 Firefly. Um segundo turno foi efetuado entre 11.53 e 05.54, com os mesmos tipos de aviões. Foi colocado na reserva em 1955 e reativado em 1963 para servir de transporte às tropas do Exército australiano engajadas no Vietnã. Em 1952 o HMS VENGEANCE, inglês, da classe Colossus foi emprestado para servir de treinamento aos pilotos navais, até a chegada do HMAS MELBOURNE, inglês, da classe Majestic, em 1955. O VENGEANCE trouxe os novos aviões a serem operados pela marinha australiana, o caça a jato DeHavilland Sea Venon Mk.53, o turbo-hélice caça-submarinos Fairey Gannet AS Mk.1 e o helicóptero Bristol Sycamore H.R. 50. A terceira geração de aviões utilizada no MELBOURNE, já recebido com convés angular, foram os caças a jato Douglas A-4 Skyhawk, o bimotor anti-submarino Grumman S-2 Tracker e os helicópteros anti-submarinos Westland Wessex e depois Sikorsky Sea King. Em 1980 a Austrália contratou a compra do HMS INVINCIBLE para uso como porta-helicópteros e navio desembarque de comandos com o nome de HMAS AUSTRALIA. Os planos das modificações foram elaborados e o estaleiro contratado para as reformas, que não chegaram a começar devido ao episódio da guerra das Malvinas. O HMAS MELBOURNE foi retirado de serviço em junho de 1982 e nesse mesmo mês a Inglaterra cancelou a venda do INVINCIBLE. Desde então a Marinha da Austrália prescinde de porta-aviões.
BRASIL NAVIO AERÓDROMO LEVE O Navio Aeródromo Leve MINAS GERAIS, era o porto aviões leve de esquadra inglês HMS VENGEANCE da classe Colossus. Desloca 19.900 toneladas a plena carga e pode transportar 35 aviões com uma tripulação de 1.300 homens. Foi adquirido em 1956 e sofreu extensas reformas em Roterdan, recebendo novos elevadores, uma nova superestrutura, nova eletrônica e a adaptação de um convés angular. Operacional em 1960 operou como porta-aviões anti-submarino com aeronaves Grumman S-2 Tracker e helicópteros Sikorsky HSS-1 depois SH-3 Sea King. Foi reformado em 1976/80 recebendo nova ilha. Novamente reformado em 1991/93, passou a operar unicamente helicópteros. Em 1994 foi equipado com mísseis Mistral em lugar das armas antiaéreas. O SÃO PAULO é o antigo FOCH da Marinha Francesa, recebido pela Marinha do Brasil na França, Chegou ao Rio de Janeiro em 17.02.2001 e deverá operar aeronaves A-4 K Skyhawk além de um complemento de helicópteros anti-submarinos.
CANADÁ PORTA-AVIõES DE ESQUADRA Durante a Segunda Guerra Mundial, os porta-aviões de escolta ingleses HMS NABOB e HMS PUNCHER foram equipados com tripulações da Marinha do Canadá, contudo, o primeiro navio próprio foi o porta aviões leve HMCS WARRIOR, da classe Colossus, adquirido da Inglaterra em 1946, equipado com aviões Supermarine Seafire Mk XV e Fairey Firefly Mk.1. O WARRIOR não fora preparado para o clima ártico e foi devolvido à Inglaterra em 1948. No mesmo ano o Canadá compra na Inglaterra o HMCS MAGNIFICENT, da classe Majestic, equipado com aviões Hawker Sea Fury, Fairey Firefly Mk. V, depois Grumman Avenger e helicópteros Sikorsky S-55. Antes de ser desativado, o barco participou como transporte na Crise de Suez em 1956. O HMCS BONAVENTURE era o inglês POWERFULL, da classe Majestic e foi equipado com convés angular para operar aviões anti-submarinos Grumman Tracker, caças a jato McDonnell F2H-3 Banshee e os helicópteros S-55. Foi o último porta-aviões canadense.
Texto: Fotos: (Alemanha) (Austrália) (Canadá) GLOSSÁRIO
BIBLIOGRAFIA:
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