ITENS DA CABINE (PARTE 22):

Avaliando algumas fotos dos aparelhos Huey atuantes no Vietnam, às vezes notamos alguns exemplares com a moldura do pára-brisa na cor metálica...

Outras partes envidraçadas também apresentam tal característica...

Pesquisando, descobri que o motivo era a reposição das peças avariadas em combate, onde a pintura não estava disponível (ou não havia tempo para pintura da moldura)...

Huey com para-brisa avariado...

"Sea Wolf" voando com pára-brisa e vigia superior em moldura não pintada (provavelmente substituídos por avarias anteriores)...

No modelo, é o momento de incorporar o pára-brisa dianteiro. A peça original do kit é terrivelmente densa e de pouca transparência, por isso resolvi substituir a peça por um material bem mais transparente e de baixa densidade: plástico de embalagem de brinquedos!

Primeiro "vidro" colado...

Segundo "vidro" colado...

A colagem foi feita separadamente para melhor ajuste da angulação característica dos para-brisas do Huey...

Após secar, avalio se ficou bom quanto à transparência das peças (usei vista de vários ângulos)...

ITENS DA CABINE (PARTE 23):

Enquanto o conjunto seca da colagem, aproveito o tempo para detalhar as mesas de aviônicos que são instalados dentro do nariz do aparelho...

As mesas são confeccionadas em alumínio e as caixinhas de aviônicos são pedaços de chapas plásticas coladas sobrepostas, cortadas e lixadas para formar caixas em tamanhos previamente estudados...

As "caixas pretas" são coladas para compor o conjunto...

E são finalizadas com botões e fios para melhorar o aspecto...

Finalmente coladas no local, proporcionam mais um detalhe interessante para o modelo...

Mesa de aviônicos no lugar. Faltam alguns fios trançantes na estrutura interna...

ITENS DA CABINE (PARTE 24):

Um dos muitos artefatos bélicos usados pelo Huey no Vietnam foi a granada M18...

Mas, como alguns podem pensar, não é um artefato bélico mortal, mas sim um sinalizador usado para marcar pousos e outras situações definidas por cor da fumaça. Tem o mesmo princípio da granada de mão, onde após soltar o pino de segurança, ocorre uma reação de queima de um preparado químico, gerando fumaça na cor fabricada que podia durar até um minuto e meio.

Os artilheiros de porta mantinham-nas sempre próximas para uso imediato e nos modelos 204 geralmente eram prendidas no forro do anteparo anterior do aparelho...

Decidi confeccionar algumas para detalhar meu modelo e para isso usei pequenos pedaços de capa de fios elétricos que julguei estarem na escala aproximada. No CorelDraw11©, eu já havia criado os decalques necessários para decorar tais peças (6 ao todo)...

Uma vez cortadas e pintadas, foram decalcadas e coladas numa fina tira de alumínio de tampa de achocolatado...

E preparadas para colar no forro interno...

Uma vez coladas, acredito que tenham ficado razoáveis para retratar o detalhe das M18...

Voltando ao detalhamento do pára-brisa, baseado nas fotos do aparelho real, confecciono em alumínio de achocolatado suas molduras e seus característicos rebites...

Que são coladas calmamente uma a uma para não correr o risco de desalinhamentos...

Por enquanto estão na cor natural (alumínio), coincidindo com a história relatada dos vidros avariados e substituídos...

O resultado final fica interessante...

E o índice de transparência dos novos pára-brisas ficou muito bom se comparado as transparências que vieram no kit...

Ia me esquecendo de falar: completei os fios (em amarelo) para finalizar o detalhe dos aviônicos...

ESQUI DE POUSO:

Do ponto de vista da praticidade, o padrão para helicópteros é usar rodas no trem de pouso, entretanto, a geração de helicópteros da família Huey usa esquis de pouso no lugar das rodas...

"Prático" por certo ponto de vista e "deficiente" por outros, o fato é que para ser rebocado o Huey depende de um conjunto de rodas acoplado ao seu trem de pouso...

Em terra, cada esqui recebia um conjunto de duas rodas presas em pequenos pivôs soldados, e o eixo dessas rodas é acionado por um macaco manual (acoplado ao conjunto) que elevava o esqui do chão...

Com isso, o helicóptero podia ser rebocado para seu abrigo ou oficina de manutenção...

No meu modelo Huey, decidi não incorporar tais rodas, porém detalhar os pontos de fixação destas é um ponto necessário ao esqui de pouso.

O esqui de pouso apresentado pelo kit deixa claro que a fôrma é realmente do protótipo da família 204, ou seja, sem detalhe algum...

Se compararmos aos modelos a partir da versão "B", podemos notar muitas diferenças...

Peças que compõem o esqui de pouso do Huey. Os destaques em vermelho são os pivôs de fixação das rodas para movimento em terra...

Desenhei no CorelDraw© as peças necessárias para detalhar o esqui de pouso, como por exemplo, as presilhas e o degrau de acesso...

Alguns testes foram feitos com alumínio de achocolatado...

Mas depois constatei que seria melhor usar o alumínio de latinhas (pois é mais resistente e ajudaria também na sustentação do modelo). Apliquei o molde em papel sobre a chapa de alumínio...

Com uma punção faço os rebites que ficam evidentes do outro lado da chapa...

E vou aplicando esses detalhes a peça que veio no kit (após remover rebarbas e pontos desnecessários via processo de lixa)...

Os demais adendos em chapa de alumínio são aplicados. Presilhas arredondadas para amarras (feitas com cabos elétricos desmanchados) e outros minúsculos detalhes...

Para comparação, vejam as fotos destes detalhes no aparelho real...

No detalhe, os anéis soldados nos esquis são para acoplamento da haste de transporte...

CONTINUA NA PRÓXIMA ETAPA...

Texto e Fotos: