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Revell Mil Mi24 Hind-D 1/48

Saudações a todos!

Após estudar o HIND e sua história, o fascínio por este aparelho acaba se vinculando a sua ficha de serviço.

Ao ler vários relatos sobre a Guerra do Afeganistão, decidi que o objetivo dessa montagem será em retratar um aparelho HIND usado nesta Guerra!

Portanto, vamos a ela:

A INVASÃO SOVIÉTICA NO AFEGANISTÃO (27 de dezembro de 1979):

No final da Guerra Fria, a União Soviética abordou o Afeganistão a fim de garantir que uma versão amigável do comunismo iria prevalecer em Cabul e também para evitar que o islamismo radical se espalhasse ao lado das repúblicas soviéticas da Ásia Central. Logicamente, muitos afegãos muçulmanos não ficaram nada satisfeitos com isso surgindo assim a Guerra do Afeganistão que começou em 1978, durando até 1992, onde o conflito entre os guerrilheiros afegãos muçulmanos anti-comunistas (Mujahidin) e governo afegão culminou com a invasão das forças armadas soviéticas...


Detalhadamente, o conflito teve suas origens com um golpe que derrubou o presidente afegão Sardar Mohammad Daud Khan (em 1978), que havia chegado ao poder por derrubar o rei em 1973. O presidente foi assassinado e um governo comunista pró-soviético sob a liderança de Noor Mohammed Taraki foi estabelecido. Em 1979, outro golpe, que trouxe Hafizullah Amin ao poder, provocou uma invasão (dezembro de 1979) pelas forças soviéticas e a instalação de Babrak Karmal como presidente. A invasão soviética contra a resistência afegã inicialmente envolveu cerca de 30.000 soldados e no final chegou a 100.000 combatentes soviéticos!

Os Mujahidin foram apoiados pelos Estados Unidos, China e Arábia Saudita (ajuda essa canalizada através do Paquistão e do Irã). Embora a URSS tivesse armas superiores e controle completo do espaço aéreo, os rebeldes conseguiam iludi-los com sucesso. O conflito foi travado em grande parte com as forças soviéticas e do governo controlando as áreas urbanas e combatendo as guerrilhas afegãs que operavam livremente nas regiões rurais montanhosas...


À medida que a guerra avançava, os rebeldes melhoraram sua organização e tática começando a usar armas importadas e capturadas (incluindo mísseis antiaéreos norte-americanos) para neutralizar as vantagens tecnológicas da URSS...


O Exército Vermelho foi flanqueado e atacado por Mujahidin afegãos por uma década (1979-1989) e no final, o Afeganistão pôde se vangloriar por derrotar uma das duas superpotências mundiais...


Mais tarde, um memorando geral ao pessoal soviético tristemente observou que "O alto comando soviético não estudou bem os fatos histórico-nacionais do Afeganistão antes de enviar as forças soviéticas. Se eles tivessem feito isso com mais profundidade, teriam encontrado uma história de muitos séculos de resistência a vários conquistadores. O Afegão considera qualquer estrangeiro portando armas como um "conquistador estrangeiro" e lhe dá o devido "tratamento"...".

A guerra soviética no Afeganistão também é conhecida como "O Vietnã Soviético" ou "Armadilha ao Urso", e politicamente ajudou na futura dissolução de toda a União Soviética (ocorrida em 1991).

Em 1986, houve renúncia e Karmal Mohammad Najibullah tornou-se o chefe de uma liderança coletiva. Em fevereiro de 1988, o presidente Mikhail Gorbachev anunciou a retirada das tropas da URSS, que foi concluída um ano depois. Os Cidadãos soviéticos estavam cada vez mais descontentes com a guerra que se arrastava sem sucesso e com baixas contínuas...


Na primavera de 1992, o governo de Najibullah caiu e, após 14 anos de governo do Partido Democrático do Povo, Cabul caiu para uma coalizão de Mujahidin sob a liderança militar de Ahmed Shah Massoud. A guerra deixou o Afeganistão com uma política severa, problemas econômicos e ecológicos. Mais de um milhão de afegãos morreram na guerra e cinco milhões se tornaram refugiados em países vizinhos. Além disso, 15 mil soldados soviéticos foram mortos e 37.000 feridos. A produção econômica foi drasticamente reduzida e grande parte das terras devastadas. No final da guerra, mais de 5 milhões de minas saturavam cerca de 2% do território nacional, que representarão uma ameaça para a vida humana e animal até o início do século 21 (isso fora o lixo bélico abandonado pelos Soviéticos). As forças guerrilheiras díspares que tinha triunfado mostraram-se incapazes de se unir e o Afeganistão tornou-se dividido em esferas de controle. Estas divisões políticas definiram o cenário para a ascensão do Taliban no final da década, mas isso já é outra história...


(Fontes: Infoplease.com / asianhistory.about.com)

PRIMEIROS CORTES (INTRODUÇÃO):

Essa fôrma de kit 1/48 do Mi-24 foi usada inicialmente pela Monogram e depois a Revell adquiriu os direitos. Independente disso, para sua época, o kit era considerado "TOP" com muitos detalhes e consideravelmente realista para o objetivo final.

Realmente, vemos ótimos trabalhos feitos no padrão OOB que mostram um HIND realista...



Kit Revell/Monogram montado no padrão OOB por um excelente modelista Japonês...

Com o advento da WEB, o modelista mais preocupado em detalhar pontos inexistentes no kit dispõe de informações bem mais precisas sobre o aparelho real, podendo optar por modificar muitas partes do modelo para adequá-lo a uma retratação mais precisa do original. Isso fora os sets de resina que melhoram visivelmente alguns pontos como cabine e armamentos...


Mas como todos já sabem não uso tais "recursos" nas minhas montagens, pois tento mostrar que é possível obter um bom resultado só usando materiais "alternativos" e adaptações diversas.


Meu Kit Monogram 1/48 do Bell UH-1B finalizado sem usar quaisquer adendos de resina ou photo-etcheds...

Neste modelo do HIND, optei por incorporar melhorias e ajustes seguindo o mesmo padrão usado no meu último modelo, mas para isso é necessário aplicar muitos cortes de forma a adequar e facilitar as mudanças que estão por vir.

Primeiramente, a versão do kit é um Mi-24D (ou "HIND E") que possui uma metralhadora móvel numa torreta localizada no queixo e minha preferência é criar uma versão "P" (ou "HIND F" - depois vou explicar detalhadamente as diferenças de nomenclatura desse helicóptero) valendo pois, aplicar várias alterações no kit. Alguns podem achar "absurdo" pegar um kit e modificá-lo tanto, mas meus últimos trabalhos visam o "desafio" e a conversão é um dos melhores termômetros para se medir a capacidade do modelista em inovar...


PRIMEIROS CORTES (EXECUÇÃO):

Portas móveis, portas de manutenção, vigias e compartimento do motor são um dos pontos a se criar, visto que o kit apresenta apenas a porta do piloto, escotilha do artilheiro e porta direita do compartimento de carga/passageiros como opcionais para se deixar abertas ou fechadas.

Comecei pela porta esquerda do compartimento de carga/passageiros, removendo-a via corte...



Removi também o primeiro conjunto de portas de acesso ao motor (parte superior) e a porta de acesso à munição, destinada ao canhão lateral...


Removi a porta de acesso ao sistema de Ar Condicionado...


Mas espere aí... AR CONDICIONADO? Mas todo mundo fala que é um absurdo o HIND não ter ar condicionado e ter que usar aqueles ventiladores nas cabines para refrescar...

Pois é! O HIND tem sim um sistema de AR CONDICIONADO para as duas cabines (piloto e artilheiro) bem como é distribuído para o compartimento de carga/passageiros! Os tais ventiladores nas cabines são usados para outra finalidade que explicarei oportunamente...


Esse detalhe do ar condicionado também será acrescido aos detalhes desse modelo!

Aproveitei para cortar alguns pontos na cauda que são cobertos por telas metálicas (visando melhor realismo)...




Por fim, removo as portas superiores que dão acesso ao compartimento do motor...



E uma pequena porta de acesso aos aviônicos e sistemas diversos presente na parte de baixo da raiz da cauda...


O resultado geral desta primeira bateria de cortes pode ser vista nas próximas fotos...





CONTINUA NA PRÓXIMA ETAPA...

Texto e Fotos:

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