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Revell Mil Mi24 Hind-D 1/48
EXPERIÊNCIA EM COMBATE NO AFEGANISTÃO: O Mil Mi-24 ganhou fama mundial quando da sua participação no conflito da invasão soviética do Afeganistão em 1979, chegando a ser considerado um ícone dessa guerra. Sua primeira implantação em combate ocorreu em abril de 1979 para lidar contra guerrilheiros Mujahidin. Os pilotos afegãos foram bem treinados pelos soviéticos e fizeram uso efetivo de suas máquinas, mas os Mujahidin não eram alvos fáceis.
O primeiro Mi-24 a ser perdido em ação foi abatido pela guerrilha Mujahidin em 30 de maio de 1979...
A situação no Afeganistão piorou e em 25 de dezembro de 1979, as tropas soviéticas foram engajadas na guerra...
Após uma curva de aprendizagem face aos rebeldes afegãos, os pilotos de Mi-24 aprenderam a ser igualmente perigosos e os rebeldes passaram a chamar o Mi-24 de "Shaitan-Arba" ("Carruagem de Satã")...
Em um episódio curioso a se mencionar, um piloto de Mi-24 estava sem munição, mas conseguiu resgatar uma companhia de infantaria manobrando agressivamente sobre os guerrilheiros Mujahidin que, assustados, correram e se dispersaram, tamanho o respeito pela "máquina".
O Mi-24 era popularmente visto com as tropas terrestres, uma vez que poderia ficar no campo de batalha e fornecer fogo conforme necessário, enquanto que os jatos de ataque só podiam permanecer por um curto período de tempo antes de voltar à base para reabastecer...
Os Mi-24 usados no Afeganistão usavam comumente o foguete S-8 de 80 mm e o S-5 de 57 mm que provaram ser muito eficazes...
A arma de 30 mm também foi muito usada (versão "P"). Munição e foguetes extras eram frequentemente carregados internamente para que a tripulação pudesse pousar e se auto-rearmar em campo...
O Mi-24 podia também transportar dez bombas de ferro de 100 kg (220 libras) para ataques a acampamentos ou fortificações, enquanto que alvos mais difíceis podiam ser atacados com uma carga de quatro bombas de ferro de 250 kg (550 libras) ou duas de 500 kg (1100 libras)...
Alguns tripulantes do Mi-24 se tornaram especialistas em lançar bombas com precisão nos alvos. Bombas de gasolina gelatinosa (tipo napalm) também foram usadas em alguns casos, embora as tripulações inicialmente subestimassem a força de explosão pura de tais armas e fossem apanhadas pelas ondas de choque, causando danos e até quedas do aparelho...
A experiência em combate demonstrou rapidamente as desvantagens de ter um Mi-24 transportando tropas. As tripulações reclamavam que ocorria preocupação em desembarcar/embarcar soldados, o que causava distração que era aproveitada pelos Mujahidins para ataque. De qualquer forma, a maioria que podia, preferia voar levemente carregado e, se possível, a altitudes mais elevadas para depois descer abruptamente.
A blindagem da aeronave mostrou-se praticamente imune a disparos de armas pessoais. As operações com o Hind no inicio do conflito dava aos soviéticos a capacidade de desembarcar impunemente suas tropas sobre fogo. Em muitos casos, o contingente desembarcado efetuava a captura dos inimigos enquanto o helicóptero era alvejado. Avançando a guerra, as experiências em combate fizeram com que as blindagens do compartimento de tropas do Mi-24 fossem muitas vezes removidas para reduzir o peso. As tropas passaram a ser transportadas em helicópteros Mi-8, enquanto os Mi-24 apoiavam com o fogo necessário.
Outra experiência positiva se mostrou útil em transportar um técnico no compartimento da tripulação do Mi-24 para lidar com uma metralhadora em uma janela da porta. Isso deu ao Mi-24 alguma capacidade de "observar a sua volta", obtendo uma área-alvo maior. Em alguns casos, uma metralhadora leve foi montada em ambos os lados para permitir ao técnico se deslocar de um lado para o outro sem ter que levar a metralhadora com ele.
Uma modificação foi aplicada na parte traseira direta do Mi-24 experimentando a montagem de uma metralhadora neste local, acessível ao atirador através de um rastejamento por um caminho estreito. Tal experiência foi muito bem sucedida, mas como o espaço era apertado, cheio de gases de escape do motor, ficava insuportável permanecer na posição de tiro.
Curiosamente, durante uma demonstração, um general soviético com excesso de peso ficou preso no compartimento de tiro, necessitando de ajuda para ser retirado. Operacionalmente foram adaptados espelhos retrovisores nos Mi-24 para ajudar o piloto a tomar uma ação evasiva ao observar ameaças vindas por trás...
Os Mi-24 não apenas protegiam as tropas contra ataques como também apoiavam as ações de terra...
Protegiam comboios usando foguetes para dispersar emboscadas (os foguetes eram disparados em rajadas de 4, 8 ou 16 unidades), realizavam ataques contra alvos pré-determinados e atuavam em varreduras "Hunter-Killer"...
Os Mi-24 nas missões "Hunter-Killer" operavam em pares, mas frequentemente, grupos de quatro ou oito aparelhos eram comuns para propiciar apoio de fogo mútuo...
Os Mujahidins aprenderam a se mover principalmente à noite para evitar os helicópteros e, em resposta, os soviéticos treinaram suas tripulações no combate noturno com os Mi-24, soltando flares de pára-quedas para iluminar alvos potenciais a ataques...
Os Mujahidins rapidamente se espalhavam quando flares soviéticos acessavam as proximidades. O Hind tornou-se o terror das forças rebeldes afegãs, pois não havia forma de impedir o "trovão vermelho" de efetuar o seu ataque...
Entretanto, o conflito teve uma "virada" com o fornecimento americano do míssil terra ar "Stinger" (única arma eficaz contra o "terror soviético") aos rebeldes afegãos. A partir da introdução desta arma, os afegãos passaram a limitar a operacionalidade do Hind no conflito, obrigando os soviéticos a adotar novas táticas e sistemas de defesa como o uso de "flares" (destinados a confundir e despistar os mísseis)...
O conflito no Afeganistão gerou extremo aprendizado aos soviéticos e as operações em grandes altitudes (muito dificultosa) obrigou o desenvolvimento de novas e mais potentes versões do Hind, surgindo assim o Mil Mi-24V e "P", dentre outros...
Após a guerra, vale ressaltar que estas aeronaves ainda continuaram a operar no Afeganistão, mas a baixa disponibilidade de peças e manutenção, clima adverso e altitudes que inviabilizam a operação até mesmo de helicópteros mais modernos, provocaram o desgaste precoce de seus sistemas.
MAIS CORTES (PARTE 01): Alguém falou "Corta Mais!"? Observando a peça que retrata o cockpit duplo do helicóptero, percebemos que é bem moldada e com bons detalhes, mas essa peça atende ao quesito de uma montagem detalhada"
Na realidade a peça apresenta bancos muito largos para a escala, pedais incoerentes se comparados ao aparelho real e também os painéis laterais são totalmente adversos, ou seja, uma boa peça, mas sem realismo para atender a uma montagem baseada em detalhes reais. O jeito é cortar também a peça tentando adequa-la para atender ao objetivo...
Acabo removendo os bancos, piso, pedais e painéis laterais...
Notem que colei a peça referente a divisão da cabine e compartimento de carga/passageiros, visando reforçar a peça e também obter a referência de altura dos encaixes...
O resultado dessa peça depois de cortada pode ser visto por muitos como "a total destruição da peça", mas futuramente vocês verão como ela servirá de base para as melhorias do cockpit planejadas para este modelo...
Vista no lugar, percebe-se que agora temos um vão livre de passagem no "corredor" dos aviônicos e mais espaço para trabalho nos adendos internos...
Vocês podem estar pensando: "esse cara já cortou muito o kit...". Pois é! Por incrível que possa parecer, ainda tem muitos cortes a efetuar para chegar ao resultado da foto abaixo...
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