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Escala Tonal...

Talvez um dos pontos mais polêmicos do plastimodelismo seja a escala tonal, ou scale effect, como é chamado em inglês. Se baseia na teoria que objetos vistos de longe tendem a ficar escurecidos, pela saturação da cor. Como os modelos são, em teoria, modelos reais vistos de longe, seria necessário fazer uma compensação, clareando a cor.

Antes de continuar, gostaria de dizer que não pretendo colocar um ponto final nessa discussão, apenas reunir vários textos sobre o assunto, mostrando prós e contras. A quem quiser saber, eu não uso...

O efeito de distância é causado pela difusão da luz por partículas do ar entre o observador e o modelo. Para a pessoa que observa um modelo em escala, não existem partículas suficientes para criar essa difusão. Uma maneira de compensar isso é misturar quantidades de tinta branca à cor desejada. Como é de se esperar, a quantidade de tinta vai mudar dependendo da escala do modelo.

Tão controverso quanto usar ou não usar a escala tonal, é saber a quantidade de branco para misturar. Mesmo não sendo concenso, pode-se usar a fórmula:


Escala / 2    (ex: (1/72)-> 72/2 = 36%).
Porém nem todos concordam com essa fórmula, usando então o fator 3 para a divisão. De qualquer maneira, uma tabela aproximada poderia ser:

Escala % Branco
32 a 357-10
48 10-25
72 a 7615-30
87 20-35
144 23-38

As críticas à escala tonal são muitas. Primeiramente, nem todas as cores podem ficar em escala. Uma ferrari em 1/43 teria uma cor quase que rosa (30% de branco x 70% vermelho). Além disso, alguns dizem que algumas cores cores devem ser escurecidas, e não clareadas. Exemplo, em aviões comerciais, com um pouco de azul ou laranja sobre a cor branca, para dar um tom mais condizente.

Outra dificuldade do uso da escala tonal é a dificuldade de criar um mesmo tom, principalmente se o modelo for pintado em partes, em períodos diferentes. Nesse caso, o modelista deveria preparar toda a tinta necessária previamente (e rezar para não faltar). Isso também dificulta alguma manutenção que venha a ocorrer no futuro.

Alguns modelistas e fabricantes de tintas sugerem, no caso de se usar a escala tonal, usar outros tons de tintas para escalas separadas. Isso explica porque alguns fabricantes tem tantos tons parecidos de cinza, verde e azul.

Outro fator é o psicológico. Nem tudo que vemos é da cor que aprendemos, mas temos a tendência a pensar assim. Troncos de árvores não são marrons (são cinzas), água não é azul (varia muito com o ambiente, podendo ter tons marrons, cinzas ou verdes) e por ai vai. Basta ver uma pintura de paisagem para notarmos como o artista cria o efeito desses elementos em sua pintura.

Uma crítica tanto ao uso da escala tonal quando do rigor em se utilizar as tintas próprias (FS) é que outros fatores devem ser levados em conta, além dos citados, na reprodução do ambiente. Temperatura, unidade, maresia, neve, poeira, infiltrações podem influenciar a cor final do modelo em questão.

Bom, seja como for, talvez o mais importante seja que o trabalho e o prazer do modelismo não se perca com essas dificuldades. Se você acha que a ausência da escala tonal está prejudicando o seu trabalho (ou o resultado final não o satisfaz), tente usar esse método. Se você acha que isso é um trabalho que não te trará a satisfação desejada ou transformará seu hobby em tortura, melhor não usar.

Matias Schweizer


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