EB - Parte I EB - Parte II Fuzileiros Navais Marcas EUA WWII <<Voltar |
Militaria do Exército Brasileiro Parte II (1945 até hoje) HALF TRACK M3 / M-3 A1
Em 1931 o Exército Americano adquiriu uma viatura de rolamento misto francesa Citroen-Kegresse Modelo P17 com o intuito de desenvolver um veículo similar. Trabalhando com empresas privadas foi desenvolvido protótipo T4 em 1939, que no ano seguinte foram aprovados para produção os modelos M2 e M3 APC (Armored Personal Carrier) – Carro Blindado Transporte de Pessoal. As viaturas blindadas M2/M3 de rolamento misto foram os verdadeiros cavalos de carga do exército americano durante a Segunda Guerra, proporcionando as unidades de infantaria blindada e de reconhecimento, grande mobilidade, velocidade e proteção necessárias para executar com eficiência a guerra mecanizada. Sua grande mobilidade fora de estrada, graças a tração no eixo dianteiro e alta velocidade foram suas principais vantagens quando comparados aos similares alemães, porém dois dos pontos fracos do seu projeto foram a baixa espessura do assoalho oferecia pouca proteção contra a explosão de minas terrestres e a pressão sobre solo mais alta que diminuía o desempenho em solos mais macios. Os half tracks desempenharam uma grande variedade de tarefas no teatro de batalha, foram modificados para uso como veículo de radiocomunicação, reboque de peças de artilharia, transporte de morteiro, artilharia autopropulsada com canhões de 37 mm, 57 mm e 75 mm, ambulância, defesa antiaérea, etc. Mais de 44.000 unidades foram fabricadas durante o periodo de 1940 a 1944, sendo que muitas destas foram fornecidas aos exércitos aliados através da Lei de Empréstimo e Arrendamento (Lend & Lease), incluindo o Brasil.
Jeep Willys MB 1/4 ton
Talvez o veículo militar mais celebrado de todos os tempos, cuja características influenciam até os dias de hoje os projetos de veículos utilitários, nasceu de uma concorrência lançada em 1939 pelo exército americano, cujos requisitos eram para o desenvolvimento para uma viatura de reconhecimento leve com tração nas quatro rodas, capacidade de carga de 250 kgs, vidro dianteiro basculante, etc.. Dos 135 fabricantes convidados apenas três empresas Bantam, Willys-Overland, e Ford, aceitaram o desafio lançado. A primeira empresa a apresentar seu protótipo foi a Bantan o qual definiu a linha gerais e estilo do veículo, porém o modelo MA da Willys foi o preferido por apresentar melhor desempenho do que os dos concorrente, porém o modelo MB lançado logo em seguida, sua versão mais aperfeiçoada que se tornou o modelo padronizado. Muitos acreditam que o nome “Jeep” nasceu da denominação abreviada dada pelo exército americano de “General Purpose” ou seja GP, posteriormente se tornou marca registrada da Willys. Os Jeeps foram empregado nas diferentes tarefas de apoio, transporte e suporte das atividades militares, tendo sido também empregados pelas divisões de pára-quedistas, sendo transportado dentro de grandes planadores. Em outras versões: serviu de plataforma para canhão sem recuo, ambulância, reboque de canhões anti-tanque, rebocar trailers de suprimentos, etc. Até 1945 foram produzidas mais de 600.000 unidades, sendo muitas fornecidas aos exércitos aliados, o permitiu sua presença em todo teatros de batalha.
Ford Jeep GPA Ver: Veículos dos Fuzileiros Navais CAMINHÃO GMC 2 ½ TON
Todo exército necessita de caminhões confiáveis para transporte de tropas e suprimentos para o fronte. Durante a Segunda Guerra Mundial os caminhões da série CCKW de capacidade de 2,5 tons formaram a espinha dorsal da logística do Exército Americano e dos paises aliados. Baseado na versão comercial do caminhão GMC ACKW(X)-353 de tração 6x6 dos anos 1939-1941, a versão militar era equipada com um motor a gasolina de 104 HP, teve sua produção em massa iniciada em 1941 e até o final da guerra sua produção atingiu mais de 800.000 unidades, sendo que a GMC foi responsável pela fabricação de mais de 500.000 unidades e o restante dividido entre outros fabricantes. O caminhão 2,5 tons tinha duas versões de cabine, com teto tipo “duro” ou seja totalmente metálico e a “macio” de lona, que com o tempo acabou sendo adotada como padrão militar americano. Também estava disponível nas versões com ou sem guincho no pára-choque dianteiro e foi fabricado em diversas configurações: basculante, oficina móvel, transporte de combustíveis; bombeiro, etc.
DODGE WC 51 ¾ TON
No ano começo da década de 40, foi decidido que o Exército Americano necessitava uma viatura maior que aquela padronizada de ½ tonelada, e a partir desta necessidade em 1941 foi desenvolvido pela Fargo Motor Corporation (uma subsidiária da Chrysler) o utilitário Dodge WC ¾-ton de tração 4x4. A denominação WC = Weapons Carrier (transporte de armamento), deu-se pelo fato de sua caçamba ter sido projetada com bancos laterais o que permitia tanto o transporte de suprimentos e como o de pessoal. Após eliminadas as deficiências do seu projeto inicial que havia resultado em um veículo de silhueta alta e de direção instável, este veículo se tornou também uma viatura de grande sucesso, tendo sido produzidas mais de 200.000 unidades das diversas versões. Participou ativamente em todos teatros de batalha da Segunda Guerra Mundial e servindo aos Exércitos Inglês, Francês, Brasileiro e Russo. O modelo básico deu origem à diversas versões, tais como o WC52 e WC 54. Além de um caminhão alongado com três eixos (WC63). Entre as suas principais versões temos: plataforma para canhão anti-tanque de 37 mm, ambulância, viatura de transporte de oficiais, etc.
M20 Armored Utility Vehicle
O M20 foi uma versão baseada no chassis da viatura M8 Light Armored Car Greyhound projetada para atender a necessidade de um veículo de comando, ligação e de transporte para acompanhar as unidades blindadas do exército americano. Com a remoção da torre e do canhão de 37mm, foi criado um compartimento retangular que acomodava assentos laterais, mesa, suportes para armas leves e o equipamento de radio, para sua proteção foi adicionado sobre esta estrutura um trilho circular para suportar uma metralhadora .50 rotativa. Foram produzidas cerca de 3.791 unidades no período de 1943 a 1945 e o EB recebeu esta viatura em 1946.
Motocicleta Harley Davidson WLA
Em 1909 a motocicleta da recém criada Harley-Davidson Motor Co. já atingia a espantosa velocidade para a época de 97 km/h com um motor de apenas 7 HP. Com a Primeira Guerra Mundial mais de 20.000 unidades foram utilizadas em larga escala pelo exército americano, para missões de ligação, polícia militar e reconhecimento. Posteriormente ao encerramento do conflito, maiores avanços tecnológicos foram alcançados, permitindo a velocidade máxima destas motocicletas atingir a marca de 160 km/h, o que as tornaram os veículos de duas rodas mais velozes do mundo. Com a entrada dos Estados Unido na Segunda Guerra Mundial, toda a capacidade de manufatura da Harley-Davidson Motor Co. foi destinada para a produção versão militar WLA, sendo produzidas mais de 90.000 unidades.
Cadillac Cage M41 Walter Bulldog
Este tanque foi desenvolvido para atender os requisitos do Exército Norte Americano que necessitava de um novo blindado para substituir os M24 Chaffee durante a Guerra da Coréia devido a sua inferioridade frente aos tanques T34/85 empregados pela China e Coréia do Norte neste conflito. O projeto porém só ficou pronto após o término do conflito e somente na década de 60 o M41 foi usado em combate no conflito do Vietnam, onde equipou as unidades blindadas do exército do Vietnam do Sul. Entre as suas principais características de projeto pode-se destacar: a capacidade de manobra em campo, facilidade de manutenção e eficiência em combate, entre seus pontos fracos se destacam o alto consumo de gasolina, blindagem de pouca espessura e motor barulhento. O EB recebeu cerca de 300 unidade do M41 no inicio dos 60, e posteriormente na década de 80 os mesmos foram repotencializados recebendo um motor diesel e canhão Engesa Cockerill de 90 mm e continuam a ser empregados até os dias de hoje.
EE-T1 "Osorio" Main Battle Tank
O EE-T1 Osório desenvolvido pela Engesa durante os anos oitenta, foi o primeiro projeto nacional de um carro de combate blindado de concepção atualizada com o nível tecnológico da época. Sua suspensão do tipo hidro-pnemática além de conferir grande mobilidade em qualquer terreno, este veículo dispunha de um dispositivo de estabilização da torre, o que permitia o disparo de seu canhão de 120 mm em movimento, além de contar com sistemas computadorizados, dispositivos de telemetria laser e visão noturna. O Osório chegou a ser comparado com outros modelos existentes na época como americano M-1 Abrahms e o inglês Challenger. Quando participou em uma concorrência internacional na Arábia Saudita no final dos anos oitenta demonstrou um desempenho superior estes mesmos concorrentes. Infelizmente o resultado negativo desta concorrência, inviabilizou sua produção em escala industrial, e apenas 3 unidades foram construídas.
M-60 A3 TTS (Patton Series)
0 M-60 foi o projeto mais aperfeiçoado da chamada série de blindados “General Patton” que tiveram como precedentes os tanques M47 e M48, o M-60 serviu ao Exército Americano por duas décadas a partir de 1961 como principal MBT (Main Battle Tank) até a chegada dos M-1 Abrahms nos anos 80. Atualmente várias unidades da Reserva e da Guarda Nacional Americana estão equipadas com os M-60. Apesar de criticado pelo seu elevado perfil e pouca mobilidade em qualquer terreno, ele provou ser muito confiável nas campanhas que participou, como a guerra do Yom Kippur com exercito de Israel e da primeira guerra do Golfo com o Corpo de Fuzileiro da Marinha Americana. Também foi fornecido a outros paises como: Alemanha, Arábia Saudita, Egito, etc. Sua última versão M60A3 TTS (Tank Thermal Sight), incorporou diversos melhoramentos, como computador de calculo de balística, mira laser e sistema de estabilização da torre. O EB incorporou cerca de 91 unidades a partir de 1996.
Schützenpanzer Marder Roland 1A2
O Marder foi um projeto europeu de uma plataforma multi-fun'c~ao blindada. Sua estrutura b'asica (chassis) poderia ser facilmente adaptado para as fun'c~oes de transporte, tanque, defesa anti-a'erea, dentre outros. O Brasil adquiriu quatro desses ve'iculos na vers~ao anti-a'erea. Na verdade, o preenchimento da lacuna de uma plataforma anti-a'erea m'ovel foi apenas um pretexto para que o Brasil pudesse se capacitar na produ'c~ao de um sistema similar nacional. No entanto, essa inten'c~ao foi logo descoberta pelos fornecedores, que passaram a boicotar o suprimento de pe'cas para manuten'c~ao, fazendo com que os tanques tivessem vida operacional bastante curta.
Leopard 1 A1
O desenvolvimento do projeto Leopard 1 se originou da decisão do Bundeswehr, o Exército da Republica Federal da Alemanha de reformular seus requisitos operacionais para um novo MBT (Main Battle Tank) visando substituir os blindados M47 e M48 fornecidos pelos Estados Unidos após o término da Segunda Guerra Mundial. Os primeiros protótipos iniciaram seus testes em 1961, após um período de 4 anos para o aperfeiçoamento do modelo final, entraram em serviço em 1965. A carcaça do Leopard 1 A1 é construída por chapas de aço soldada, sendo que motorista fica localizado no lado direito de desta estrutura. A escotilha do motorista é dotada de três periscópios sendo que aquele do centro pode ser substituído por uma unidade de amplificação de imagem. A torre feita de aço fundido acomoda o comandante e o artilheiro no lado direito e o carregador do canhão no lado esquerdo. Em sua posição o comandante possui um conjunto de periscópios que permite um campo de visão de 360o. Em 1970 um programa de modernização da frota existente foi iniciado para aumentar sua eficiência em combate, melhoramentos foram feitos no sistema de controle de incêndios, sistema de estabilização de canhão, telemetria laser, adoção de luva térmica para o canhão, sistema de visão passiva, etc. O Leopard foi adotado por diversos países pertencentes a OTAN como Bélgica, Dinamarca, Grécia, Itália, Canadá, Holanda, Noruega, e Turquia e posteriormente Austrália, Chile e Brasil. O EB recebeu a partir de 1996 128 unidades do Leopard 1A1 que foram adquiridas na Bélgica.
ASTROS (Artillery Saturation Rocket System)
Tendo como percussores os foguetes de artilharia utilizados pelo russos e alemães durante a Segunda Guerra Mundial foi desenvolvido aqui Brasil pela Avibrás na década de 80, o sistema ASTROS de artilharia de foguetes de saturação de alta precisão. O sistema ASTROS permite a utilização de diversos tipos de foguetes, cujos alcances que podem variar de 8 a 80 km. O disparo de uma rajada de foguetes do sistema pode causar grandes efeitos de destruição em áreas de até 200 m2. O sistema é formado por quatro viaturas: Lançadora múltipla universal 6x6 AV-LMU, Remuniciadora, Unidade para controle de fogo e Posto meteorológico. Além de já ter sido incorporado ao EB desde da metade da década de Oitenta, o sistema ASTRO já participou em diversos conflitos na região do Golfo Pérsico, onde teve um desempenho excepcional. Obuseiro M108 AP
Desenvolvido no início década de sessenta, juntamente com o modelo M109, são canhões de artilharia autopropulsados de alta mobilidade em qualquer terreno e como também deslocamento na água, o que permite o rápido emprego dentro das zonas de conflito. Obuseiro é um tipo de artilharia de campo utilizada para disparar munição alta explosiva (HE) em alvos à distância de 25 – 30 km, e se distinguem dos outros tipos de canhões de artilharia pela trajetória da mesma, que é função sua da elevação e no caso do obuseiro está abaixo ou acima de 45o. O M108 105mm foi adotado amplamente pelos paises da OTAN, o que possibilitou a padronização da munição empregada. Apesar disso o Exército Americano iniciou a sua desativação durante a Guerra do Vietnam, pois a experiência de guerra mostrou que o obuseiro de 105 mm era muito leve para suporte nos campos de batalhas, e ao mesmo tempo a OTAN acabou adotando o obuseiro calibre 155 mm com padrão.
Obuseiro 155mm AP M109
O obuseiro M109 autopropulsado teve o início da sua produção em 1962, sendo até hoje é o modelo mais utilizado em todo o mundo, inicialmente foi integrado no Exército Americano em 1963, tendo participado no conflito do Vietnam e mais recentemente na Guerra do Golfo. Logo foi adotado por outros exércitos do mundo como: Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Etiópia, Grã Bretanha, Holanda, Irã, Israel, Itália, Jordânia, Líbia, Marrocos, Noruega, Paquistão, Suíça, Turquia, Peru, Chile, Brasil, e Vietnam, o que totalizou mais de 4.000 unidades fabricadas. Sua estrutura é de alumínio soldado, proporcionando a guarnição proteção contra armas leves. A guarnição da viatura é constituída de 6 membros, sendo que o motorista está posicionado na parte dianteira da carcaça a direita, tendo o motor a sua esquerda. Os demais membros da guarnição: comandante da viatura, artilheiro e carregadores ficam acomodados na torre giratória que ocupa a parte traseira da viatura. A torre possui escotilhas laterais e posteriores, bem como duas outras no teto, junta aquela do lado direito, está localizada uma metralhadora Browning 12,7 mm para defesa antiaérea. A suspensão do M109 é do tipo “barras de torção”, sendo que cada trem rolamento é formado com sete rodas de rolagem, uma motriz na parte dianteira e a tensora na parte traseira, este sistema dispensa o uso de rodilhos de retorno. O cano do obus pode ser elevado entre +75° e -3°, e o giro da torre é de 360o, a viatura transporta munição para 36 tiros, cujo peso unitário é de aproximadamente 44 kgs, e também conta com 500 cartuchos para a metralhadora. O alcance máximo do modelo M109 é de 14.700 mts., enquanto que do modelo M109 A3 do EB é de 23.500m. Principais Características:
Fontes:
Agradecimentos:
Texto:
Fotos:
Variedades | Como Construir | Dicas | Ferramentas Lojas no Brasil | Administrativo | Livros | Links Melhor visualizado em resolução 1366 x 768 |
|