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Preparação de Cascos
Tipos de Cascos Geralmente kits com escalas maiores que 1:200, os cascos são inteiriços. As escalas podem chegar até 1:6000 que são barcos p/ jogos de guerra.
Preparação dos Cascos e Convéses Os barcos do começo da época do Renascimento, século XV, e basicamente até o final da década de 1880, seus cascos eram pintados com brochas, ou seja, não existiam os compressores e revolveres de pintura. Se o plastimodelista for optar por esta técnica, em primeiro lugar deve-se usar tinta à base de esmalte e com um pincel tipo brochinha, de pêlo de Lontra ou de Marta, pois o resultado final terá que apresentar o menor numero possível de marcas do pincel. É por isso que se precisa treinar muito p/ aplicar esta técnica. A tinta influencia muito no resultado desde que se aplique a diluição correta, aplicando-se esta técnica, chega-se em um resultado mais real em relação ao barco original, pois todos eram pintados com brochas. Na minha opinião, a melhor tinta p/ se trabalhar com esta técnica, é da marca HUMBROL, pois já são bem diluídas, cores próximas da exatidão, e proporciona ótimos resultados.
Depois de pintado com pincel vem o acabamento, que é o mais importante, pois todos os cascos, entre uma tábua e outra, ficam impregnadas de sujeiras e microorganismos marinhos, é ai que entra o trabalho com Giz Pastel Seco. Na aplicação desse Giz deve-se ter muito cuidado, normalmente comete-se exagero, é por isso que uma pesquisa do barco, irá posteriormente oferecer um melhor resultado. Após o plastimodelista ter feito a pintuta,aplica-se uma demão de verniz semi-fosco em todo o casco,mas antes devemos fazer a opção de usar o Betume da Judéia ou Giz Pastel Seco para deixar pronto o trabalho de desgastes em todo o casco. Logicamente você deve usar uma determinada cor de madeira p/ pintar o casco, seja com pincel ou aerógrafo. No caso do casco ter uma tonalidade de madeira escura, o correto é você pintar de uma coloração de bege médio e, dep! ois passar o Betume da Judéia. Após alguns segundos você tira o excesso com um pano que não solte fiapos, conforme você vai tirando o Betume, as camadas de baixo irão fixando-se na tinta bege e dando um tom mesclado de madeira, onde você deixou uma quantidade maior de Betume, o local ficará com uma tonalidade mais escura, e onde estiver com menos Betume ficará mais clara. Após a aplicação do Betume você vem com o verniz semifosco aplicado com aerógrafo, aplicado com pincel é muito difícil se obter bons resultados, pois o verniz não desliza e as marcas do pincel aparecem bem profundas. Se você aplicar o Giz Pastel Seco em cima dessas marcas de pincel o resultado final pode melhorar um pouco porque o Giz acabara escondendo alguns defeitos.O Uso do Giz Pastel Seco após a pintura com aerógrafo devera seguir quase que obrigatoriamente os tons de bege cl! aro, marrom claro e escuro, preto e alguns tons de cinza. Em alguns locais do casco você terá que aplicar o verniz fosco, principalmente nos locais onde há um desgaste maior por causa da água que bate no casco. No caso dos cascos em duas partes, são injetados geralmente em escalas menores tipos: 1:150, 1:100, 1:96, 1:70, 1:48, etc. A diferença é que tem que trabalhar muito bem na emenda das duas partes, um ótimo resultado obtem-se usando o Putty da Squadron, é bem macio, penetra com facilidade nos orifícios e proporciona um ótimo acabamento depois de passar a lixa (1000 ou 1500). Geralmente os barcos com cascos em duas partes, a própria quilha acaba ajudando no acabamento, como trata de barcos com escalas menores os detalhes são maiores, por isso o trabalho de pintura passa a ser muito mais importante do que o acabamento básico. Não se pode esquecer, que mesmo tratando-se de barcos, antes de aplicar a tinta definitiva do casco é, sempre prudente e quase obrigatório dar uma demão com cor de fundo, não precisa se o Primer,não trata-se de se obter uma pintura lisa posteriormente,mas pode-se aplicar qualquer cor clara muito diluída em todo o casco, só p/ que a camada de tinta principal tenha uma boa aderência, aplica-se apenas uma névoa à meia distancia p/ poder deixar o casco com áreas ásperas. Tome muito cuidado ao aplicar esta técnica, no caso de você se aproximar muito do casco pode cobrir todos os detalhes do entabuamento e dos cravos. Esta técnica só será usada quando você optar pela pintura com aerógrafo, se optar em usar pincel, não há necessidade de usar o fundo. A mesma aplicação de pintura usada no casco usa-se no convés, com uma diferença, a cor da madeira. O convés como toma muito mais Sol do que o casco, ele tem um tom mais claro, portanto o tom de bege aplicado é mais claro e a quantidade de Betume aplicado também é menor.Não se esqueça que, cantos, locais de materiais de carga, locais onde ficam caixotes e barris, a parte da proa dos barcos e muitos outros lugares, ficam mais escuros por causa da sujeira acumulada, é ai que entra a pesquisa mais apurada, como por exemplo: O local onde ficam as Abitas distribuídas por toda a volta do convés, a madeira chamada de Abeto usada para os mastros, vergas, remos, etc, costumam ficar com cores mais escuras em suas bases, os Beques, Buçarda, Cachola, Carrancas, Forqueta, Tabuado, Tombadilho, Trempe, Vigias, etc.
Em cada navio nota-se uma variedade diferente de coloridos, desde tons avermelhados como alguns Galeões Espanhóis construídos em Teca (tipo de madeira),aos tons de nogueiras de outras embarcações, passando pelo Carvalho ou Pinheiro. Para se conseguir um realismo maior da cor da madeira, obtem-se um resultado melhor com cores de madeira escuros, como exemplo a cor de chocolate, no qual podemos proporcionar uma aparência de envelhecimento mais realista. Para conseguir este efeito, deixamos a pintura secar muito bem, pelo menos por 3 dias, quando estiver completamente seco, diluiremos um pouco de Betume preto com aguarrás e aplicaremos com pincel suave sobre toda a superfície do casco e algumas partes do convés.Podemos também aplicar outro material que são os vernizes na própria cor da madeira, podem ser oleosos os acrílicos, e suas tonalidades variam desde na cor de madeiras Teca, Nogueira, Carvalho, Goiabeira, Cerejeira até o Carvalho Espanhol. Porém não se esqueçam que a tinta de fundo deve ter um tom bem próximo da cor do verniz, por exemplo: se for Teca daremos primeiro uma camada de marrom avermelhado, se f! or C arvalho um tom de Siene queimado, ou terra, se for Nogueira um marrom, enfim toda a gama de possibilidades e matizes que encerram as cores. Pintar um convés de barco de plástico em cor lisa é um dos espetáculos mais deprimentes no mundo do plastimodelismo, porque é ali que o olhar do plastimodelista se fixa.Em alguns casos o tabuamento do convés vem marcado apenas por uma linha que sobressai paralela a uma outra, e muitas vezes em alto relevo, o que esta totalmente errado, pois as juntas entre as tábuas são em baixo relevo, portanto teremos que faze-las com régua e lâminas, tábua por tábua, primeiramente lixando todo o convés para tirar os relevos, depois teremos que fazer os veios da madeira com a lâmina. Depois dessa parte pronta e pintada com cor clara, teremos que fazer as marcas dos cravos que prendem as tábuas, a técnica é feita com caneta Rotring de medida 0,1mm. Nos navios dos séculos XVII e XVIII costumava-se pintar de vermelho a parte interna das Amuras, assim como as paredes de Rufos, Aros das escotilhas e Coronhas dos Canhões. Nas madeiras que ficam do lado exterior, em zonas de muito desgaste pelo uso, como suportes para cabos, corrimões, bordas da Amurada, etc, pode-se trabalhar com tom mais suave usando-se a técnica do Pincel Seco e Suave, de modo que realce a sua textura de madeira polida. Nesse caso deve-se tomar muita cautela na aplicação do pincel seco muita suavidade na aplicação para que não adquira um aspecto leitoso ou granulado, se bem aplicado o aspecto pode ser tão liso como o corrimão de uma escada de madeira, para acabamento final usa-se uma camada de verniz semifosco.
A decoração dos navios é um dos pontos que mais chama a atenção. Os navios antigos costumavam levar uma enorme gama de adornos, para realçar o prestígio de suas respectivas nações. Para conseguirmos esse efeito nos kits daremos primeiro a cor base que pode ser preto, azul, vermelho, verde escuro ou qualquer outra cor que contraste com o Ouro, a Prata ou Amarelo. O Preto costuma ser o mais freqüente, utilizado pelos Ingleses e por Espanhóis, assim como Azul Celeste pelos Franceses do século XVII. Se os detalhes forem Dourados pode varrer com pincel seco, tendo o cuidado de não tocar no fundo escuro, que deve ficar livre da tinta dourada. Se quiser dar um brilho especial em algum ponto determinado, misture ouro com prata, e aplicaremos nos locais onde estamos trabalhando. Se os adornos forem claros e o fundo também, o melhor a fazer a contornar esses ornamentos na cor escura, uma sombra marrom ou preta, antes de fazer a pintura definitiva que será feita como já explicado acima.
No final do Século XVIII toda pintura brilhante dos adornos, foram substituídas em quase todas as Marinhas, os tons dourados por tinta comum, bem como os números de adornos e, Talhas substituídas por uma decoração mais sóbria, devido ao alto preço que atingiam os navios. O dourado foi trocado normalmente pelo amarelo Cádmio ou Ocre amarelo, no tempo em que quase todas as Marinhas do mundo pintaram os navios de preto com franjas amarelas ou brancas. Como a tinta amarela é difícil de aplicar sobre o fundo preto, faz-se o processo inverso, sempre que possível. Primeiro pinta-se a peça de amarelo e deixe secar por 2 dias e depois pinta-se a parte preta por cima deixando os detalhes já contornados. Texto:
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