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Aviões da Real
A Real surgiu após o final da Segunda Guerra, quando o mercado liberou uma demanda reprimida de transporte aéreo; isso aliado aos excedentes de guerra, que consistiam em aviões a preços muito baratos. Com espírito empreendedor e obstinado, os fundadores da Real conseguiram criar um empresa de grandes resultados e muito popular no Brasil. De fato, a Real foi uma das avós das Low-Fare atuais, disputando mercado com uma empresa enxuta e com preços muito atrativos. A sagacidade de seus donos fez com que surgisse um grande consórcio, unindo os nomes da Real, Aerovias (que falaremos em separado), Nacional e Sadia. Esse consórcio disputava o mercado com a Panair e a Varig, tanto nas rotas nacionais quanto internacionais. No Brasil, diversos aerportos foram construídos justamente para abrigar novas linhas da Real e no exterior, a Real foi a pioneira em vôos para o Japão. O Consórcio Real-Aerovias existiu até os anos 60. Nessa época, a empresa sofria de diversos problemas financeiros, devido justamente ao seu espírito de "apostador". Além disso, decisões controversas e até hoje mal-explicadas, causaram a absorção da Real-Aerovias pela Varig e posteriormente a Panair sofreu do mesmo problema. Com isso, a Real chegou ao fim, sem poder entrar na era do jato. Seus modelos restringe-se aos principais modelos à hélice do final da Guerra. A Real teve duas pinturas básicias. A primeira basicamente em alumínio natural, com os dizeres em verde (em geral, com listras horizontais na cauda). O segundo esquema é variante do primeiro, apenas com o branco na metade superior da fuselagem (comum a todos os aviões desse tempo). No final de sua história, a Real passou a ter o nome-fantasia de Real-Aerovias-Brasília e esta tinha um logo verde na cauda, com os desenhos de Oscar Niemeyer referentes à nova capital federal.
Com esse modelo, a Real iniciou suas operações. De aquisição barata e altamente popular entre os pilotos, esse avião foi um verdadeiro bandeirante, nas mãos da Real. Muitos aeroportos foram construídos e novas linhas foram criadas através do uso do DC3. Em 1957, a Real contava com nada menos que 86 aviões do modelo em sua frota. Além dos diversos modelos existentes, em várias escalas, a FCM tem os decais na escala 1/72, da série (DC3 - Linhas Brasileiras).
Certamente o Bristol Wayfarer não ganharia nenhum concurso de design. Sua fuselagem adaptada a função de cargueiro, asas altas e trem de bequilha são uma combinação muito incomum. A Real foi a única empresa a operar esse modelo no Brasil, com apenas dois exemplares. O avião teve carreira curta, com menos de um ano de operação, devido a problemas estruturais. Aparentemente existe um modelo da Airfix, mas até mesmo os dados sobre este são difíceis de achar.
Os três modelos do DC4 vieram originalmente da Aerovias Brasil, quando esta uniu-se à Real, no consórcio Real-Aerovias. Somente a Aerovias tinha autorização para vôos aos EUA e esse consórcio permitiu à Real iniciar suas rotas para a América do Norte. O DC4 foi idealizado como uma expansão do DC3, com piso nivelado e quatro motores. No entanto, seu desenho inicial teve resultados desastrosos e ele foi totalmente redesenhado como um avião novo. Esse desenho previa ainda a pressurização da cabine, mas isso só se tornou realidade no DC6. Os modelos podem ser facilmente achados em escalas 1/72 e 1/144.
O DC6 é muito semelhante ao DC4. Sua principal diferença são as janelas quadradas e sua cabine pressurizada. Tinha a fuselagem e deriva ligeiramente maiores e motos motores, mais potentes. Operados originalmente pelo Loide Aéreo, foram repassados para a VASP e Real. Está última usou 5 exemplares do modelo (PP-YSI, PP-YSJ, PP-YSL, PP-YSM, PP-YSN). Em 1961 foram pasados para a VARIG e em 1970 os mesmos foram repassados à FAB (C118 2412 a 2416).
O Convair 240 foi uma aeronave bimotor planejada para fazer frente aos antigos DC3. Tinha cabine nivelada e capacidade inicial para 40 passageiros. No entanto, o CV-240 mostrou-se pequeno e foi logo aumentado nas versões 340 e 440 e o CV-240 caiu no ostracismo em relação a esses. A Varig adquiriu um lote inicial de CV-240. Como a concorrência era ferrenha na época, a Ral adquiriu somente os modelos mais novos, os quais chama de Super-Convair (na deriva).
O L-1049H Super Constellation era basicamente a mesma versão do L-1049G, apenas com a porta de carga embutida, o que permitia a fácil conversão para cargueiro. A Real chegou a operar três aivões desse tipo. Curiosidade: Na época em que a Real concorria com a Varig, esta gabava-se de ter um modelo mais moderno que a rival, anunciando o "Super H", contra os modelos G, da VARIG. Quando a Varig assumiu o controle da Real, não quis assumir que o modelo G era "inferior" e renomeou os aviões na versão "Super I", versão que nunca existiu, efetivamente. O Super Constellation pode ser adquirido nas escalas 1/72 e 1/144. Vale lembrar que a FCM produziu os decalques da Real para ambas as escalas.
Aviões de Treinamento:
Como várias outras companhias antigas, a Real tinha aviões de treinamento para instrução de seus pilotos. O Vultee BT-15 foi um deles. Com linhas muito semelhantes ao NA46 (T6 "perna-dura"), era um treinador de dois lugares. Há um kit da Pavla, para o BT13.
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Referências:
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