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VARIG - Parte I (Os Pioneiros)
A Varig está ligada intimamente com a aviação do Brasil. Criada em 1927, é uma presença constante nos céus do Brasil, sendo a maior companhia da América Latina. Nesses textos, iremos falar dos modelos que a Varig teve, bem como os kits que podem ser encontrados para modelar a companhia. Como a variedade de modelos é muito grande, iremos separar em duas partes. A primeira irá tratar dos modelos à hélice; o segundo os jatos. No entanto, é importante frisar que os aviões à hélice não foram imediatamente substituídos pelos jatos. O último modelo a hélice, o Electra, ficou na ponte ae'rea até o início dos anos 90, por exemplo... Dornier Do-J Wal: Batizado com o nome de Atlântico, foi o primeiro avião comercial a ser usado no Brasil. Na época um empreendimento arriscado, pois o governo só concedeu a licença por um ano, inicialmente. O avião era elegante para os padrões da época com uma fuselagem bem limpa e dois motores (push-pull) e leva nove passageiros. O kit, embora não seja fácil de encontrar, não é raro. Atualmente existe somente o modelo da HUMA na escala 1/72. Dornier Do-B Merkur: Esse raro avião tem poucas referências na internet e parece ser bastante difícil de achar. Tinha capacidade para 10 passageiros e fazia 190 km/h. No que cabe ao modelismo, há poucas referências sobre o mesmo. Encontrei três modelos em resina, mas mesmo assim são difíceis de se achar em catálogo. Junkers A-50 Junior: Outro modelo raro. Era um avião pequeno de dois lugares, para treinamento. No entanto, a Varig usou-o como transporte de correio e de passageiros! Parece que há poucos modelos. Um vendedor indica um kit em resina da Cruz Models, mas não achei nenhuma referência a esse fabricante. Junkers F.13: Esse pequeno monomotor foi usado pela Varig e Cruzeiro (Sindicato Condor, na época). A segunda, porém usava o modelo hidroplano, enquanto a Varig usava o modelo com trem de pouso. O avião inteiramente metálico, já trazia as linhas do que seria o grande sucesso da Junkers, o Ju 52. A Revell lançou recentemente o modelo na escala 1/72, mas há outras opções em outros materiais. Aviões de treinamento: Pouco conhecidos da frota da Varig, pois eram usados apenas internamente, a Varig adquiriu dois tipos: o Klemm L-25 e o Morane-Saulnier MS-130. O primeiro pode ser achado na 1/72 (Huma). Para o segundo não há kit. No entanto, existe um MS-230 (1/72; Smer) que é muito semelhante ao mesmo. Infelizmente não tenho referências fotográficas desses modelos, para auxílio com as cores. Depois da WWII, foram adquiridos novos modelos. Entre eles os BT-13 Valiant, comprados da USAF e o PT-19, da FAB. Sobre o PT-19, tem-se poucas informações, mas as cores aparentemente eram no mesmo padrão Azul-Amarelo da FAB. Para ambos os modelos pode-se achar kits 1/72.
Nieuport Delage 641: Raro monoplano de asa alta, com 6 lugares. Aparemente não há kit para o mesmo. Messerschmitt M.20b: Esse avião foi uma das poucas tentativas da Messerschmitt na aviação comercial. Essa tentativa foi marcada com um acidente fatal com diretores da Lufthansa e o avião não teve sucesso. Logo em seguida veio a a Segunda Guerra e a produção da fábrica ficou totalmente voltada aos aviões militares. Parece não haver modelos desse avião. Junkers Ju-52/3m: Apesar do enorme sucesso mundial, inclusive no Brasil, a Varig operou um único modelo desse avião - O Mauá. Existem vários modelos disponíveis tanto na escala 1/48 quanto na 1/72. É importante lembrar que deve ser escolhida a versão civil e com polainas no trem de pouso. Fiat G.2: Esse sim é uma avis-rara. Esse trimotor da Fiat foi único avião fabricado do tipo e foi operado pela Varig. Por isso, quase não há referências sobre o avião. Modelo então, nem pensar... DeHavilland DH.89 Dragon Rapide: Com o início da Segunda Guerra, houve uma escassez de aviões e peças, pois eram todos de origem alemã e italiana, países do Eixo. Assim, a Varig teve que optar por soluções alternativas. O Dragon Rapide é biplano (único biplano operado pela Varig) de linhas aerodinâmicas e elegantes. Seu kit pode ser facilmente encontrado na escala 1/72. Lockheed L-10 Electra: Esse Bimotor Americano foi utilizado nas versões A e E. Existem kits antigos desse modelo, na escala 1/72. No entanto, são bastante simples e exigem bastante trabalho de conversão, como abertura de novas janelas, etc. Douglas DC3 Dakota/Skytrain: Esse clássico da aviação foi usado por várias companhias. A maioria era excedente de guerra (C-47) vendidos a preços módicos. a Varig chegou a ter quase 50 desses modelos. A diferença básica entre os C47 militares e os DC3 civís é que o primeiro tinha uma porta de carga. Você deve pesquisar se o modelo a ser montado era um C47 ou DC3. Curiosidade: o DC3 restaurado no museu da varig (PP-ANU), em Porto Alegre, e vendido recentemente, foi o primeiro modelo fabricado no mundo. Modelos na escala 1/48 e 1/72 podem ser facilmente encontrados. Noordun UC-64 Norseman: Esse monomotor foi usado para transporte de cargas. Existem modelos na escala 1/48 e 1/72, sendo que essa última é bem dificil de encontrar. É importante notar que existem kits desse modelo com flutuadores, o que não é o caso da Varig. Curtiss C-46 Commando: Esse bimotor de linhas limpas teve um bom desempenho tanto na guerra quanto após a mesma, como excedente. A grande desvantagem é que a Curtiss estava em decadência após a guerra e muitas pressões políticas forçavam as companhias em optar pelo rival (DC3). Apesar disso, a VARIG chegou a operar mais de 80 aviões desse tipo. Atualmente somente existe uma opção desse kit, da William Bros, na escala 1/72. Além das versões A/D, foram feitos upgrades nos mesmos, usando motores R-2800-83, o chamado Super 46C. Para essa conversão, pode-se conseguir os motores separados da Engine and Things. Convair CV 240: Esse bimotor usado para substituir os velhos DC-3 nos vôos regionais, com menos passageiros. Foi o primeiro avião da Varig a usar a vantagem do piso alinhado com o solo, por causa do seu trem de pouso triciclo. Os modelos para esse avião não são faceis. Existe apenas um modelo, da Execuform, do Convair 240. A versão da Welsh Models, que além de ser Vacumform, é a versão CV 440, exigindo reduções na fuselagem e asas. Lockheed L-1049 Super Constellation: Esse elegante quadrimotor inaugurou as rotas intercontinentais da Varig, com destino aos EUA. Apelidados de Connie, esses aviões foram produzidos em duas versões básicas; a menor, L-749 e a extendida L-1049, sendo que somente essa última foi operada pela Varig. Outro detalhe importante é conferir se os modelos têm o nariz alongado, pois existiram diversas versões do mesmo. A minicraft o vende na escala 1/144. A Heller têm um modelo na escala 1/72 (TWA), mas é difícil encontrar. Douglas DC6B Cloudmaster: Absorvido pelo fechamento da Real Aerovias, a Varig operou esses aviões nas rotas internacionais, enquanto aguardava a entrega dos atrasados 707. Os modelos desse avião podem ser encontrados nas escalas 1/72 e 1/144. Lockheed L-188 Electra II: Esse turbohélice foi um fracasso nos EUA, por conta de vários acidentes no início de sua carreira. No entanto, a Varig operou na ponte aérea Rio-São Paulo sem nenhum acidente fatal até o início dos anos 90, quanto foi substituído pelos 737. Até esse momento, ele tinha exclusividade de operação nessa rota. A aeronave, embora nas cores da Varig, era operada por um pool de empresas, onde da VASP, Varig e Transbrasil alugavam os aparelhos para executar seus vôos na ponte aérea. Vários modelos podem ser achados na escala 1/144, embora sejam todas da Minicraft. A Revell ainda tem um raro box-scale, na escala 1/115. Na escala 1/72 não existe modelo, embora a Revell tenha lançado o P3 Orion (molde Hasegawa). Pode-se converter, mas dá trabalho! Hawker Siddeley Hs-748: Bimotor turbohélice de linhas harmoniosas. Operou na Varig por muitos anos. Muitos foram transferidos para a FAB e alguns deles voaram até pouco tempo atrás. Os modelos para esses aviões são em Vacumform. O modelo, na 1/72, da Rug Rat é praticamente desconhecido. O modelo da Welsh é mais acessível. Cores: Esse primeiro período da Varig é marcado por dois tipos de pintura da cia: Natural: Inicialmente as aeronaves não recebiam pintura. Eram entregues nas cores alumínio (pintado, não natural) e preto. O preto apenas servia para esconder algumas areas de maior desgaste, como motores e bordos de ataque. Esse esquema de cores ainda tinha um logotipo do ícaro, geralmente na deriva. É importante notar que esse logotipo é bem diferente do clássico. Clássico: Esse esquema de pintura representou as cores clássicas da companhia, sendo usada até os anos 90. A parte superior era branca (curiosidade: O ato de pintar o dorso de branco foi descoberto quase por coincidência, pois descobriu-se que assim diminuia-se a temperatura interna. Esse padrão foi seguido por quase todas as cias. aéreas do mundo) e a inferior era alumínio polido. Entre as duas, existe uma faixa azul marinho, listradas com faixas brancas, cinzas e pretas (ver foto). Nessa configuração, ainda criou-se o logotipo da rosa dos ventos, utilizado ainda hoje (como variação). O ícaro e uma bandeira dp Brasil iam na parte dianteira da aeronave. A FCM não produz os decais para todas as aeronaves desse período, mas eles podem ser adaptados, pegando-se alguma folha relativamente proporcional em escala de outro avião.
Referências:
Texto: Foto: Paulo Herren
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