Aviação Sueca Cores da FAB Matrículas da FAB Modelos da FAB Aviação da Marinha Fraternidade do Fole Luta Antissubmarino Luftwaffe WWII RAF Faixas do Dia D Armas Fokker Seversky Motherships Dirigíveis << Voltar |
Motherships...
A idéia do uso de motherships (naves-mãe), onde uma aeronave transporta outra, sempre foi uma idéia fascinante, influenciado principalmente pela ficção no cinema. O conceito de nave-mãe deveria supor o lançamento e retorno de aeronaves. No entanto, apenas experiências do primeiro tipo foram bem-sucedidas. Na vida real, a idéia de naves-mãe surgiu primeiramente como uma maneira de aumentar a autonomia de aeronaves. Talvez o mais famoso exemplo destes foi o Composite Shorts/Mayo, anterior a segunda guerra. Após a guerra, a experiência dos bombardeiros estratégicos e a necessidade de uma escolta de caças, fez ressurgir a idéia, agora como uma maneira de proteção dessas aeronaves, que eram muito vulneráveis. Os caças de escolta, por sua vez, tinham uma autonomia muito limitada. Várias experiências foram tentadas, mas deixemos essa parte de lado por alguns instantes... No final da segunda guerra, surgiam os primeiros jatos e também o interesse de se quebrar a barreira do som (1220 km/h). Os jatos então existentes precisariam de um motor muito potente, o que na época significava um alto consumo. Além disso, a perfomance dessas aeronaves só eram aceitáveis em grandes altitudes. O uso de naves-mãe para essas experiências era imperativo. Boeing B29 e P2B: A primeira nave-mãe dessas experiências foi o pesado bombardeiro disponível na época - o B29. O B29 ficou famoso por levar os projetos da Bell (X1 e variantes) e estes foram os primeiros a quebrar a barreira do som. Menos famoso, foi o Douglas D558, que quebrou a barreira de mach 2. Esse, no entanto, era levado por um P2B, uma versão do B29 para reconhecimento marítimo. No que toca o plastimodelismo, a diferença entre os dois é irrelevante. Ambos os jatos eram carregados no compartimento de bombas. Esse era recortado para que as asas ficassem livres e os modelos, todos tendo cauda com estabilizadores a meia-altura, necessitavam de um recorte especial na parte traseira do compartimento. Os jatos da Bell entravam no B29 por um vão no solo, de formato cruciforme, onde depois o B29 taxiava por cima. Já nos testes da Douglas, o P2B era erguido por guindastes e o D558 colocado em sua posição. Modelismo: O Bell X1, mais famoso X-plane de sua época, é vendido em três escalas: 1/32, 1/48 e 1/72. O B29, por sua vez, é vendido em outras três escalas básicas 1/48, 1/72 e 1/144. Como pode-se ver, as conversões mais recomendavéis são as 1/48 e 1/72, sendo que a versão em 1/48 ficaria com um tamanho considerável. Pode-se tentar fazer um X1 scratchbuilt em 1/144, uma vez que seu desenho é bastante simples. Principais Modificações:
Walk Around: B29 (Bell X1) e P2B (D558) Boeing NB52 e X15: Talvez um dos mais espetaculares casos de motherships foi o conjunto NB52 e X15. O X15 foi um jato proposto para testar o vôo de altas velocidades e altitudes. Seu modelo com corpo comprido e asas curtas realizou vários lançamentos quebrando diversos recordes. Entre eles a incrível velocidade de Mach 6 (7300 km/h) e a altitude de 100.000m. Tais experimentos foram primordiais para o desenvolvimento dos ônibus espaciais. A nave-mãe, um NB52 era uma conversão de uma versão militar do B52D. Suas principais modificações foram:
O NB52 era pintado conforme a missão, com padrões de alta visibilidade que incluia cores branca e laranja. Esses testes duraram bastante tempo, e o padrão de cores mudou diversas vezes. Clique abaixo para ver o walk-around e alguns padrões de pintura: Além do X15, o NB52 carregou outros tipos de protótipos, incluindo os Lifting Bodies. Essas aeronaves "sem asas" tinham como objetivo testar a reentrada de aeronaves na atmosfera terrestre, bem como o planeio e pouso. Essas pesquisas também foram decisivas no projeto dos ônibus espaciais.
Modelismo: As combinações de plastimodelismo para esse caso não são das mais felizes. O B52 versão D é vendido nas escalas 1/72, 1/100 e 1/200 (não existe versão 1/144). Já o X15 é vendido em 1/48, 1/72 (este, modelo raro) e na estranha escala 1/130 (Heller). Em suma, não resta outra opção senão a conversão. A Monogram já comercializou o NB52 com X15 1/72, mas esse kit não é mais produzido e é extremamente raro. O suporte para o X15, hoje em dia, não há outra opção, precisa ser scratchbuilt. Uma pequena empresa alemã já produziu o suporte em resina, mas entrei em contato com eles e eles disseram que não fabricam essa peça faz bastante tempo. A notícia boa é que a Cutting Edge Modelworks comercializa decais para o NB52 nas escalas 1/72 e 1/144, além de uma conversão do B52G para NB52 em 1/144. Dos Lifting Bodies, apenas os modelos X24 A e B (em uma única caixa) são comercializados. Projetos FICON e TOM-TOM: Com os bombardeiros pesados sendo alvos importantes e precisando ser escoltados, surgiu a idéia de um pequeno avião parasita ser transportado por bombardeiro e sendo usado apenas quando necessário. Esse era o projeto FICOM (Fighter Conveyor, ou transporte de caças). A primeira experiência relacionada a isso foi um estranho e diminuto caça - o XB85 Goblin - que seria transportado por um B29. Após milhões de dolares e acidentes com os prótotipos, o projeto foi abandonado.
Um grande problema do XB85 era que ele não tinha
trem de pouso, de modo que o lançamento e a recuperação da aeronave
deveria sempre ser bem sucedida. Mais tarde foi tentada uma nova
experiência, agora usando um B36 modificado e um caça F84F. Esse caça,
ao contrário do Goblin matinha o trem de pouso convencional, podendo
realizar apenas parte da tarefa, caso necessário.
O projeto foi bem sucedido, mas depois de alguns
testes não houve interesse em continuá-lo. Mesmo que a turbulência não
fosse um fator de risco ao acoplamento, o espaço gasto pelo jato e seu
equipamento de recuperação praticamente não deixava espaço para as
bombas, coisa que anulava o objetivo do bombardeiro. Uma última
tentativa foi o projeto TOM-TOM, Também com um B36 e um RF84F. Nesse
caso, as pontas das asas no B36 eram modificadas com um equipamento
semelhante a uma pinça prendia uma asa preparada do RF84, deixando
livre o porão de bombas. O projeto não teve sucesso. Além da
turbulência gerada pelas asas, ambos os aviões apresentaram problemas
estruturais graves que encerraram o projeto.
Walk-around: Projetos FICON e TOM-TOM
Pouco tempo depois, surgiam os aviões-tanque
capazes de reabastecer os caças. Mesmo com as possibilidades da época
seria possível que o bombardeiro levasse combustível para o caça que
seria abastecido por mangueira e sonda, o mais simples dos métodos de
reabastecimento em vôo. Isso eliminaria todo o trabalho e aparato
necessário da nave-mãe. De fato, essa possibilidade também não ocorreu.
Caças eram abastecidos por aviões-tanque exclusivos que ficavam em
áreas seguras de inimigos.
Modelismo: Como já dissemos, o B29 é
comercializado em escalas 1/48,1/72 e 1/144. O XF85 Goblin, em escalas
1/144, 1/72 e 1/48. Desse modo, todas as escalas são possíveis para a
conversão. Para uma conversão no B36 em qualquer um dos projetos (FICON
ou TOM-TOM) temos o nas escalas 1/72 e 1/144. Os jatos F84F e RF84F são
comercializados nas escalas 1/144, 1/48 e 1/72, tornando possíveis as
conversões nas escalas 1/72 e 1/144. Lembrando que o B26 foi o maior
bombardeiro já fabricado e mesmo na escala 1/72 tem um tamanho
considerável.
Não foi falado, mas originalmente o projeto XF85 era para ser usado com o B36 (mas só foi testado com o B29). A Minicraft vende um kit do projeto FICON, onde além do B36, vêm um kit do XF85 e do RF84. A vantagem deste é que o suporte já vêm pronto de fabrica reduzindo um pouco o tempo de pesquisa. O kit é na escala
1/144.
As mais importantes modificações nesses modelos são a ausência das portas do compartimento de bombas e um aparato especial para fisgar o jato. O inconveniente desse último é que existem poucas fotos e detalhes dessas peças.
A idéia da nave-mãe ainda não foi abandonada.
Existem projetos de aviões estratosféricos que são lançados a partir de
uma nave maior, ao exemplo dos primeiros supersônicos. A quantidade de
combustível necessária para vencer as primeiras camadas da atmosfera
ainda é muito alta e o peso morto dos compartimentos vazios deve ser
descartado (no caso, a nave-mãe, que volta à base de origem).
Texto:
Bibliografia, Refêrencias e Créditos:
Variedades | Como Construir | Dicas | Ferramentas Lojas no Brasil | Administrativo | Livros | Links Melhor visualizado em resolução 1366 x 768 |
|