A quem se destina

  Árvores I

  Árvores II

  Árvores III

  Bases para Aviões I

  Bases para Aviões II

  Bases para Militaria

  Estruturas p/ Militaria

  Diorama de Selva

  Explosões

  Ferrugem

  Aeronaves em Voo

  Dicas de Fotos

  Relevos de Mar - I

  Relevos de Mar - II

  Dioramas Originais

  Em Andamento...

  Downloads

  Outros Sites

 <<Voltar
Relevos de Mar para Navios...

Reprodução de elementos da natureza é um dos aspectos mais criativos do modelismo, exigindo não apenas conhecimento técnico, mas também um pouco de senso artístico.

Para modelistas de navios como eu, a base de água pode fazer a diferen'ca entre um bom e um mau modelo. Nesse artigo eu gostaria de mostrá-los como produzir uma base de água realística, com espumação, superfície e ondas. Eu tenho amadurecido essa técnica durante meu projeto de modelar a Força-Tarefa da Imperial Japanese Navy (IJN), divisão de porta-aviões 1. Essa força-tarefa consiste dos porta-aviões Kaga e Akagi navegando lado a lado em uma única base.

Antes de começarmos, vamos fazer algumas considerações

A despeito de tudo que sabemos sobre água, águas profundas n~ao precisam parecer transparentes, especialmente quando vistas à distância. Assim, a água tem um aspecto colorido, brilhante e altamente reflexivo. Essas propriedades são apropriadas para se reproduzir em escala, particularmente em modelos de escalas menores, como 1/700.

Tendo isso em mente, vamos realizar o trabalho passo-a-passo:

Passo 1: A Base

Primeiramente você precisa definir o layout de sua base. Na maioria dos casos, isso é bem simples. Coloque o modelo em uma folha de papel de mesmo tamanho de sua base final e marque a parte da linha d'água no mesmo. Se houver outros elementos como barcos auxiliares, rebocadores, etc, deverão ser tracejados também.

 

Agora vem a parte divertida: Criar a superfície do mar. Um pedaço de folha de alumínio de cozinha deve ser muito amassada e então esticada em uma superfície plana. Então, coloque a folha sobre uma base de madeira e faça uma borda de madeira. Isso será o molde para a superfície do mar.

 

Para modelagem, eu uso gesso-fino de Paris (*). É misturado com água, conforme as instruções e adicionado sobre o molde. Como o gesso é muito quebradiço, eu geralmente, reforço o molde adicionando uma camada de gaze sobre o líquido despejado. Adicionar uma camada extra de gesso sobre a gaze ajuda a camuflá-la, ficando invisível dentro do molde.

Ele leva trinta minutos para endurecer e ser removido da moldura. No entanto, será necessário esperar três dias para que ele esteja completamente curado. Virando o molde para o lado correto, você verá o efeito que a folha amassada faz na superfície. Ela simula as pequenas ondas irregulares causadas pelo vento sobre a superfície do mar.

 

Passo 2: Ondas e afins.

Agora vem a hora de simular as ondas promenientes causadas pelo movimento do navio na água: A onda de choque, a onda ao longo do casco e a espumação. Essas ondas são esculpidas com massa epoxi.

A onda maior, com encrespamento branco irá rodear o formato do casco, geralmente com uma saliência em sua parte superior. Para manter a firmeza, primeiramente eu faço o "corpo" da onda e só a aplico após deixar secar 1/3 do seu tempo de cura. O formato da onda é modelado com os dedos e a superfície é esculpida usando uma espátula (vejas as fotos abaixo).

 

O casco deve espalhar a onda para fora ao longo do casco. Além disso, o casco induz ondas menores ao longo de seu comprimento. É útil desenhar o formato da onda no gesso com um pincel, para assegurar a similaridade entre os dois lados (mas não devem ser simétricos).

Essas ondas podem ser modeladas de maneira análoga à onda principal, usando a estátula para criar cristas e partes com espuma. Tenha o cuidado de trabalhar uma pequena área de cada vez. Uma vez que o epoxi tenha endurecido, fica impossível trabalhar com ele.

 

A foto seguinte mostra o trabalho completo na linha dá'gua do Kaga, com o trabalho incompleto do Akagi ao fundo.

Passo 3: A marola

A marola de uma navio rápido é diferente das outras ondas de nossa base, pois ela é quase que completamente coberta de espuma branca. Aqui, usamos uma massa putty com base de thinner. Eu aplico generosas demãos nas áreas atrás da popa, e então moldo a espuma com furos de palitos de dente. O resultado é um tanto rudimentar, mas é facilmente suavizado aplicando-se pinceladas de solvente sobre o mesmo.

 

Para completar as ondas, uma demão de Gunze Mr. Surfacer 500 (putty líquido) é aplicada nas áreas para suavizar as partes entre o epoxi e o gesso.

 

Passo 4. Pintura

Primeiro, Eu pinto toda a base com um primer branco. Isso me possibilita descobrir alguma parte com emenda, impressões digitais e outros erros. Se achar, eu trato com putty líquido. A base pintada fica assim:

A Pintura requer alguns truques. Simular a liquidez da água em um material duro é difícil. Ganhar ou perder o trabalho é determinado nessa fase. Assim, sugiro que teste todos os passos antes de aplicá-lo na base definitiva. Como primeira tentativa, pode ser uma boa idéia fazer uma base mais simples, apenas para testes.

Eu uso tintas acrílicas suaves Liquitex. Liquitex é bem apropriada porque elas mantém um aspecto úmido, mesmo após seco. As cores que eu usei para o Kaga/Akagi foram: Branco de Titânio, Verde Esmeralda e Azul de Oftalacionina. Outra decisão importante é usar pincel ao invés de aerógrafo. Pintura com pincel permite pintar com uma profundidade maior que com o aerógrafo - fato bem conhecido pelos modelistas de figuras.

Para pintar a base, usei as tintas azul de oftalacionina e verde esmeralda. As cores são aplicadas com pincel e misturadas na própria base, para criar um aspecto desuniforme na mesma.

 

Depois de cobrir a base toda, eu passo pequenas quantidades de tinta em lugares específicos com tons mais fortes, para criar a noção de profundidade. Nas partes mais baixas eu uso tons mais escuros de azul. Nas cristas eu pinto com tons progressivamente mais claros, criando o efeito degradê. As tintas Liquitex ficam foscas após secar. Por isso, eu aplico com spray uma camada de verniz brilhante sobre a base.

Passo 5. Acabamento

A essa altura, nosso mar já tem um aspecto bastante convincente, mas pode ser melhorado. Isso é feito com o toque final, pintando as cristas brancas. O truque nada mais é que o envelhecimento feito em outros modelos.

A idéia é criar partes brancas nas cristas das ondas, e isso é feito de maneira mais simples com a técnica do dry-brushing. Você deve começar com uma mistura da cor base com branco e progressivamente adicionar mais branco. Eu usei quatro tons em minha base. O resultado após a quarta passada é mostrada na figura da esquerda.

 

O toque final é aplicar branco de titânio puro nas cristas das ondas. Você deve ter muito cuidado com a quantidade de branco a aplicar - Ondas maiores terão mais espuma que ondas menores. O efeito é mostrado nas fotos abaixo.

Quantidades de pontos brancos devem ser enfatizados no restante da base. Meu truque é cobrir a base com cola branca diluída and "salpicar" um pouco de pó de neve para dioramas.

Mais uma camada de verniz brilhante e a base está finalmente terminada. O trabalho completo é mostrado abaixo, com furos pré-perfurados para prender os modelos. Eu espero que você concorde que o resultado final é um tanto realista comparado com um verdadeiro mar rasgado ao vento!

 

(*): O texto original refere-se a esse material como "fine-grade plaster of Paris" - gesso de grão-fino de Paris. Mais informações sobre esse material, clique aqui.

Texto:
Hideharu Murai (Omami)
Tradução:


Eventos | Fórum | Eu Quero! | Mercado de Pulgas | Galeria
Variedades | Como Construir | Dicas | Ferramentas
Lojas no Brasil | Administrativo | Livros | Links

Melhor visualizado em resolução 1366 x 768
Eventos Agendados
Outubro
S T Q Q S S D
  1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31      

Novembro
S T Q Q S S D
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30