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Bases em Papel Marché
Introdução: Existem várias formas de se fazer terrenos. Não há uma forma mais ou menos adequada. Cada um faz da forma e com os materiais que mais lhe agradam. Alguns utilizam gesso, outros terra peneirada ou serragem misturada com cola, etc. Todavia, a pesquisa e a doçao de novas técnicas e materiais nunca são demais. Um material me chamou a atenção, quando fazendo um dos vários e proveitsosíssimos workshops na casa do amigo e grande modelista Luiznit, aqui de Niterói, tomei contato com um material importado denominado “Celluclay”, com o qual o Luiz faz seus terrenos e que na minha opinião é sensacional. Só que havia um problema. O material era importado e todos nós sabemos que se trazer qualquer coisa de fora sempre foi um problema para os sofridos e bravos modelistas tupiniquins. Porém pesquisando, descobri que na verdade o tal material não passava de papel machê e sendo assim, seria perfeitamente possível, em tese, encontra-lo em uma grande papelaria. Logicamente que para quem sabe fazer isso é problema está resolvido, mas como esse não é o meu caso, tive que ir à campo buscar soluções. Dito e feito, quase que por acidente, percorrendo o Centro do Rio com o Luiz, consegui adquirir o material nacional e parti para a experiência, relatando todos as impressões e compartilhando-as com os colegas e amigos modelistas aqui da Webkits.
– Descrição do material Ou seja, papel machê nada mais é do que papel reciclado, processado e usado como massa para modelar.
Na embalagem do produto, vem 250 gramas de massa pré-preparada que tem a textura de serragem muito, mas muito fina. Pela quantidade que vem na embalagem e pela quantidade que eu usei, dá para perceber que esse material dura muito tempo se bem utilizado. O custo foi de R$12,00. Nada caro, se levado em conta que isso durará uma “eternidade”. Além disso, sugiro que os colegas que por ventura se interessem, já que eu não busquei por outros fabricantes nacionais, também façam uma busca por aí e relatem seus achados para a comunidade webkiteira.
– Preparação da massa
Em um pires, acondicionei um pouco do material, utilizando para isso, uma pequena colher de café. Pode-se reparar que a textura não é totalmente de pó. Ele fica um pouco aglutinado. Também com uma colher, colhi um pouco de água de um copo fui adicionando lentamente, (Reparem a mudança de cor quando a água é adicionada ao material), e vou misturando com um palito de sorvete até obter uma massa homogênea.
Dica importante: Não adicione muita água à mistura, pois a massa demora cerca de 24 horas para sua secagem completa, ou seja, quanto mais água, mais tempo demorará. Isso é importante também para podermos fazer as marcações no terreno como veremos adiante. Após misturar bem, passei a massa para a base e espalhei-a pela superfície até cobrí-la. Achei melhor espalhar com o dedo, pos achei mais fácil alisar a superfície dessa maneira. Não há nenhum problema em fazer isso, pois a massa não gruda em nossos dedos. Muito pelo contrário, a textura até me pareceu meio escorregadia, pois o fabricante mistura aglutinantes na massa.
– Marcação do terreno
Dica importante: Não tente marcar o terreno logo após o ajuste da massa, pois não dará certo. O período de tempo que eu esperei para fazer isso foi em torno de 4 a 5 horas. Por isso é que é muito importante não adicionar muita água no preparo da massa.
O momento propício para a marcação do terreno é a mesmo para se cravejar pedras, seixos, cascalho, etc, no terreno, pois depois de seco esses elementos ficarão colados à superfície. Cerca de 15 horas depois já se pode perceber que as bordas estão bem secas e rígidas. Eu apliquei um secador de cabelos por vários minutos para acelerar um pouco a secagem, mas o melhor mesmo é esperar a cura completa, que deve ser de 24 horas mesmo, como recomenda o fabricante.
– Preparação para a Pintura
Espalhei a mistura de cola e água usando uma trincha e esperei secar bem para aplicar a primeira camada de tinta. Também usei o secador de cabelos para acelerar na secagem, o que foi muito mais rápido. Ademais, pode-se aplicar washes com tranqüilidade, pois o que demora para secar é a massa. Não há riscos de termos que esperar mais 24 horas para a próxima etapa. Reparem como a superfície muda de cor quando a água com cola vai permeando pela massa. Dica que PODE SER importante: Digo “pode ser” por que não experimentei, mas acho que essa etapa de selagem com cola branca e água poderá ser suprimida se misturamos a massa usando uma porcentagem de 70% de cola e 30% de água.
– Pintura
A superfície aceitou muito bem a pintura. Não houve nenhum contratempo em relação a isso. Assim como usei tinta acrílica, pelo comportamento do material, presumo que as tintas esmalte também serão aceitas sem difivuldades.
Abaixo, podemos vislumbrar o trabalho já acabado, com todas as sombras, luzes e demais efeitos aplicados. O terreno é bem simples, mas nada impede que o modelista o enriqueça com vegetações, pedras, etc. Aí vai da criatividade de cada um.
– Conclusão A impressão geral foi muito boa. Eu gostei muito por que é uma forma limpa, fácil e prática de se fazer terrenos. Não é um material caro e aceita muito bem as marcações e a pintura que aplicamos. Portanto, é isso aí pessoal. Mãos a obra, e Espero que esse material caia no gosto dos demais colegas modelistas e que possamos trocar outras impressões e aplicações a seu respeito. Abraços a todos!!!! REFERÊNCIAS:
Texto: Complemento (Como fazer Papel Marché) A receita básica e' qualquer tipo de papel (depende do resultado que se pretende) a'gua, cola branca, farinha de trigo, vinagre e gesso. Deixe o papel de molho por algumas horas na água, depois bata no liquidificador o papel e a água. Misture o papel triturado com a farinha, depois a cola e, por último, o gesso até ficar uma mistura homogênea. A proporção é:
a quantidade de papel pode variar de acordo com suas necessidades. Ultimamente, estou utilizando apenas papel e água em algumas esperiencias. Caixas de pizza são excelentes para a mistura.
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