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Cores e Camuflagens
Quando os caças italianos são vistos em fotos da época, intriga a variedade de esquemas de camuflagens. Não é exagero dizer que o número de esquemas de camuflagem é igual ao número de aviões construídos. O mesmo aconteceu com o Folgore. Como ele foi fabricado por três empresas (Além da Macchi, duas fabricaram-no sob licença: Breda e SAI-Ambrosini), cada uma adotou um esquema de camuflagem "guia", e partir dele as variações ocorriam, tanto na fábrica quanto (e principalmente) no campo de batalha. Abaixo estão os quatro esquemas-guia adotados pelas três construtoras do Folgore e como identificar numa foto qual fábrica montou o avião em questão (todas as imagens © de Maurizzio Di Terlizzi). É importante frisar que isto não é uma regra fixa. Se você tiver dúvidas sobre quem fabricou o caça apenas baseando-se na camuflagem, recorra à série de fabricação.
ESQUEMA MACCHI
Este esquema caracteriza-se pelo que chamamos de "fumaça de cigarro". Manchas vazadas são distribuídas de forma aleatória por todo a superfície superior do avião e laterais dos radiadores. As inscrições de serviço eram no leme em 4 linhas e na frente dos estabilizadores em 2 linhas (podia ser em preto, azul, amarelo ou branco).
ESQUEMA SAI
Este esquema caracteriza-se por possuir manchas não vazadas e espaçadas. Por ter montado menos de 150 aviões, este esquema é o mais difícil de ser visto. As inscrições de serviço eram em branco, com 4 linhas no leme e uma na frente dos estabilizadores.
ESQUEMA BREDA I
Este esquema caracteriza-se por possuir manchas não vazadas, semelhante ao esquema SAI porém em maior número. A maior diferença está na pintura da parte inferior do avião. A fábrica Breda pintava a área sob os estabilizadores, continuando a cor da superfície inferior do avião - e só ela fazia assim. As inscrições de serviço eram em preto, com 2 linhas no leme e 4 na frente dos estabilizadores.
ESQUEMA BREDA II
Este esquema do final da produção caracteriza-se por possuir manchas não vazadas muito próximas, numa proporção de cobertura das manchas maior do que a área visível do fundo. A fábrica Breda também neste esquema pintava a área sob os estabilizadores. As inscrições de serviço eram em preto, com 2 linhas no leme e 4 na frente dos estabilizadores. A partir deste esquema básico aconteciam as variações, algumas envolvendo três cores de camuflagem da superfície superior, na série inicial. Abaixo alguns exemplos das variações, nem sempre seguindo o padrão da montadora. Isso demonstra que deve se ter muito cuidado ao afirmar qual esquema está sendo usado e qual fábrica montou o exemplar. Em matéria de camuflagem italiana, todo o cuidado é pouco.
Aqui um exemplo de interpretação do piloto do avião: para ele a camuflagem deste jeito seria mais eficiente. Repare que a fuselagem tem as cores aplicadas como se fossem o negativo da asa. Pode-se supor que este avião estava recém-pintado quando esta foto foi tirada, pois ainda não ostentava o escudo do esquadrão nem o número de unidade. AS CORES UTILIZADAS Apesar da variedade imensa de esquemas de pintura dos Folgore, as cores eram padronizadas (ou quase!). Da mesma forma como a Luftwaffe utilizava o padrão RLM, e a USAF utiliza o Federal Standart, a Reggia Aeronautica também possuía uma nomenclatura das cores utilizadas, embora não se saiba se havia de fato uma cartela referencial. Não há nos dias de hoje uma tabela "científica" das cores utilizadas pela RA. Quando o Folgore foi introduzido na Regia Aeronautica, portava o clássico esquema Continentale, constituído de fundo Verde Mimetico 2, com manchas em Giallo Mimetico 4 e pequenas manchas de Bruno Mimetico (veja a primeira imagem acima, do avião 378-4). Este esquema foi utilizado nos caças do 4º Stormo, o primeiro a ser mandado para a África. Diversos exemplares da série I foram identificados utilizando outro esquema de camuflagem: fundo Giallo Mimetico 3 ou 4 com manchas em Verde Mimetico 1, 2, 3 ou 53192 (não me pergunte porque este último não era simplesmente "4"), sendo estas manchas pequenas ou grandes. O esquema final adotado pela Macchi, principalmente na série III, consistia em um fundo Verde Olive Scuro 2 com manchas de Nocciola Chiaro 4, conhecido por "fumaça de cigarro". Parece que este esquema foi introduzido or exigência do Ministro da Aeronáutica com o propósito de padronizar as cores dos aviões que voavam sobre as "colônias", que sofriam modificações nos tons de amarelo (giallo) por conta das interpéries do tempo e da improvisação da equipe de reparo em solo. Os esquemas subseqüentes comum às séries intermediárias e finais são sempre em fundo Nocciola Chiaro com manchas Verde Oliva Scuro 2. O desenho e intensidade das manchas variava de avião para avião e de montadora para montadora. Os aviões construídos pela Macchi eram facilmente reconhecidos por possuirem as laterais dos radiadores pintados no mesmo esquema de camuflagem da superfície superior do avião. Os aviões Breda possuíam manchas com a forma de amebas e o radiador era pintado na mesma cor da superfície inferior - Grigio Azzurro Chiaro 1. Este Grigio Azzurro Chiaro 1, nos aviões Breda, avançava até o estabilizador, como visto nas figuras acima. As cores imitavam com muita fidelidade o terreno em que operavam, chamado pelos italianos de "tipo Serir" e pelos ingleses de "sand and spinach" - areia e espinafre.
Veja aqui a tabela de Cores da Regia Aeronautica Texto:
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