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Revell Martin B57B Canberra 1/72

ARMAMENTO (PARTE 03):

Depois de muito pesquisar decidi por incorporar os foguetes do tipo ZUNI de 127 mm em lançadores LAU-10...


Comentando novamente, o LAU-10 transporta 04 foguetes ZUNI de 05 libras com aletas dobráveis, que era o armamento padrão da Força Aérea americana desde os anos 50.


Medindo 2,8 metros de comprimento, os foguetes ZUNI pesam 48,5 Kg cada e aceleram até uma velocidade de 2.600 km/h com boa autonomia, graças ao seu combustível sólido...


No Vietnam, as ogivas dos foguetes eram, em geral, do tipo alto explosivo, ou versões de tipo perfurante. Mesmo sendo originalmente armas de combate aéreo, os foguetes com aletas dobráveis e carga de alto explosivo foram convertidos para ataques ao solo com excelentes resultados e facilmente adaptáveis a qualquer tipo de aeronave.


A-4 dos fuzileiros disparando foguetes ar-terra tipo ZUNI em PODs LAU-10...

Tentei retratar os foguetes ZUNI recortando palitos de dente. As medidas deles são apropriadas para representar a versão de 05 libras (127 mm) na escala 1/72...


Novamente o computador é meu aliado para gerar as matrizes no tamanho apropriado à escala. Usei canudinho de plástico (não foi fácil achar um que atendesse nas medidas exatas de diâmetro) para representar o duto e após furar e recortar a peça dianteira o resultado promete ficar bom...


Encaixando os 04 foguetes...


Visão dianteira antes de fechar...


Visão pretendida após montado (reparem o duto feito com canudinho plástico)...

Os foguetes recebem pintura de preto fosco com detalhes em prata...


E os testes comprovaram ficar bem realistas...



Testes de encaixe na asa...

Mas ainda não está completo! A parte traseira dos lançadores LAU-10 possuem starters que ficam encostados na parte de trás dos foguetes, onde normalmente temos aletas cruciformes em volta do propelente sólido...


Parte traseira de um POD LAU (aqui a versão...) onde podemos ver a simplicidade do mecanismo de disparo por filamento aquecido eletricamente...

Para compor este detalhe, criei gabaritos visando recortar em chapa de alumínio e compor as aletas dos foguetes. Outros materiais como sprue esticado ajudarão a compor o detalhe da parte traseira dos lançadores LAU-10. O duto recebe pintura cinza padrão...


Desenho das aletas dos foguetes. O objetivo é formar uma terminação cruciforme...

O sprue esticado devidamente recortado e colado forma os starters internamente...


As aletas entrelaçadas e coladas finalizam os foguetes ZUNI...


Onde após juntá-los dentro do duto podemos ver a semelhança com o real visto por trás...


E fechar a parte traseira com a tampa e starters...


Findo o processo de pintura e aplicação de decais, temos um resultado satisfatório...



Não posso me esquecer das bombas MK-117!


Com pequenos dutos em alumínio monto a parte traseira das bombas e colo suas aletas pintando de Olive Drab com detalhes em alumínio e amarelo em decalque pintado...




Na foto acima podemos ver bombas prontas e outras em fase de montagem e pintura...

Finalizo o detalhamento das bombas PAVEWAY...


E faço os testes de asa...






Para o porta-bombas adotei a configuração 04 x 227 Kg (500 Lb x 4 = 2000 Lb). Usei grampos metálicos 26/6 (usados em grampeadores comuns) para fazer os prendedores...


Selecionei 04 unidades...


E colei no porta-bombas...




Comparando as duas próximas fotos, vemos que o mecanismo de fechamento funcionou e ficou muito parecido com o avião real...


Porta-bombas aberto...


Porta-bombas fechado...

E o detalhe do porta-bombas aberto com o modelo pousado ficou muito legal!



DETALHES FINOS E FINALIZAÇÃO:

Comparado a aeronaves que atingiram um milheiro de unidades, o B-57 não foi tão produzido. O Contrato AF 32 (038) - 22617 32 (038) - 22617 de março de 1951 tinham pedido original para a produção de 250 B-57s, mas foi emendado diversas vezes.


No acordo ocorrido em 11 de agosto substituía os 102 B-57Bs para 70 B-57As e para 32 RB-57As. No contrato AF 33 (600) - 22208 33 (600) - 22208, emitido em 19 de setembro de 1952, previa mais 119 B-57Bs adicionados. Este contrato foi novamente emendado em 18 de dezembro, trazendo a obtenção do exercício orçamental de 1953, incorporando mais 191 B-57B, perfazendo a produção total planejada de B-57B para 293 unidades.


Entretanto, a ordem da produção não era permanecer nesse nível. Em meados de 1954, o USAF cortou a obtenção do B-57B para 158 (uma redução de 33 aviões) e diminuiu 50 mais na ordem provisória. Na prática, 38 B-57Bs adicionais foram cortados em favor de um número igual de instrutores do B-57C de duplo-controle. Alguns meses mais tarde, 20 B-57Bs adicionais foram desviados ao programa B-57D, perfazendo a redução total em 91 aviões. Resumindo, um total de 202 B-57Bs foram construídos, mais do que todas as versões restantes unidas.

A finalização deste modelo se compõe de alguns detalhes finos que só são possíveis de incorporar após a pintura, processo de verniz, decais, etc.

Comecei aplicando um pouco de fuligem nas saídas dos cartuchos de acionamento dos motores. Nos aparelhos reais a área em volta fica um pouco enegrecida por causa da fuligem de escape...




O bordo de ataque da asa e lateral do motor, próximo as saídas de gases dos cartuchos de acionamento, recebem uma sutil sujeira de fuligem...


Sutil fuligem no bordo de ataque das asas e lateral do motor...

Onde o verniz eventualmente tenha escorrido durante a aplicação, efetuo retoques para fosquear como, por exemplo, as beiradas da cabine de pilotagem...



Reparem como as travas do canopy se destacaram após abri-lo...



Resultado do canopy aberto. Bastante detalhado para um modelo 1/72...

Agora outro detalhe importante: O limpador de pára-brisa!

O avião real usa um limpador convencional...



Confeccionei o minúsculo detalhe usando alumínio de latas de cerveja...


Após pintado com preto fosco e colado no local, atendeu bem ao propósito...




Nem todos os B-57B tinham a antena UHF auxiliar para mal tempo, porém decidi incorporar esse detalhe no meu modelo...







Agora uma -geral- de fotos mostrando o resultado final! Espero que gostem! Vou comentando alguns detalhes...






























Uma passada nos detalhes:

Compressor do motor que gira (basta soprar)...


"Finger-Lakes"...


Flaps móveis...




Armamento externo em scratch...






Tanques externos detalhados e luzes de navegação em scratch...



Rebaixamento de painéis...


Antena UHF...


Freios de ar incorporados...



Superfícies de controle móveis (inclusive ailerons)...


Canopy escamoteável...


Com direito a espelhos retrovisores...


Display de mira...


Cabine detalhada inclusive com limpador de pára-brisa...


Decalques compondo portas de inspeção...


Porta-bombas giratório com armamento interno...




Caixa de rodas detalhada...








O bicho ficou poderoso...




E por fim, o trem de pouso que recolhe (acompanhem a seqüência de fotos)...






Pronto para "voar"...


Eu falei "voar?" (Então vamos a "Sessão Infância"):

"Taxiando"-...


"Decolando"...


No ar...




Sobrevoando o alvo...


Pronto para atacar...


Soltando bombas...


Retornando...


Fim da "Sessão Infância". Desculpem a brincadeira (não resisti)!

CONCLUSÃO:

Sim, é possível detalhar bem um kit 1/72! Basta força de vontade em superar o desafio! O velho sonho de plastimodelista em ver as rodas de seu modelo recolherem e depois baixarem também foi provado aqui ser possível! Criatividade e força de vontade aliadas ao fator "tempo disponível" são suas ferramentas para efetuar um trabalho como esse. Tente! Inove! Não apenas "monte"... Construa! Você também é capaz!

CURIOSIDADES:

Para quem ainda não sabe, costumo registrar nos meus modelos alguma marca relacionado a eventos/acontecimentos ocorridos em minha vida e que mereçam destaque.

Quando comecei estes modelos, minha segunda filha "Hellen" estava nascendo prematuramente com seis meses de gestação. Ficou entre a vida e a morte em uma incubadora de hospital (incubadora de nº 235) e depois transferida para a de nº 247 até ganhar peso e capacidade própria em seus pulmões ainda não completamente formados...


Minha futura "segunda ajudante" sobreviveu bravamente, estando em dezembro de 2010 com 01 ano e 05 meses de idade, muito esperta e sem seqüelas...


Concluir estes dois B-57B usando os dois números de suas incubadoras (235 e 247) para representar os seriais dos modelos, foi minha homenagem à pequena Hellen!


Exemplo de sobrevivência (como os B-57 no Vietnam), minha "segunda ajudante" foi também a cedente do fio da antena UHF presente no modelo (usei um fio do seu cabelo) permeando com seu DNA estes dois modelos (o segundo será finalizado com o mesmo "DNA").

Fica aqui minha homenagem para essa pequena vencedora que travou uma guerra contra a morte!

"Filha essa é uma homenagem a você!"


Obrigado a todos que acompanharam essa montagem! Vocês, de certa forma, fizeram parte desta história!

OBS: Na medida em que terminar o segundo modelo, coloco as fotos neste mesmo tópico.

Texto e Fotos:

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