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Revell Mikoyan-Gurevich Mig21MF Fishbed 1/32

INTRODUÇÃO:

Saudações a todos! Acompanhem a trabalhosa, porém gratificante, modificação e montagem de um kit Revell escala 1:32 introduzido no mercado nos anos 70, utilizando a técnica que batizei com o nome de "Técnica do alumínio". Espero que gostem do trabalho. Estou sem montar a um bom tempo por isso, peço a paciência de vocês, caso cometa algum fora.


UM POUCO DE HISTÓRIA:

O MIG-21 é um caça de asa em delta projetado nos anos 50, mas que virou um marco na história da aviação militar. Foi o avião de combate a jato mais produzido no mundo, foi o combatente mais usado pelo Egito contra o Kfir Israelense (seu rival oriental nos anos 70) e ainda está presente em várias forças aéreas no mundo inteiro. Começou a ser desenvolvido em 1955, voltado para interceptação e caça, incorporando os ensinamentos da Guerra da Coréia. O primeiro protótipo fez seu vôo inaugural em 14 de junho de 1956. Em 1959 entrou em serviço, após receber melhorias como, por exemplo, reatores mais potentes e melhoramentos aerodinâmicos, possibilitando operar melhor em velocidades muito elevadas (é um legítimo caça MACH 2). Destaca-se pelas suas asas em delta, mas com superfícies horizontais de cauda separadas e enflechadas (uma combinação interessante que evitou vários problemas da configuração em Delta como, por exemplo: melhor manobrabilidade em combate aéreo, menor velocidade de aproximação, utilização de pistas não pavimentadas e mais curtas). Apelidado pela OTAN de “Fishbed J” a versão MF incorpora melhorias na capacidade interna de combustível em relação à versão PF, turbina Tumansky R-13-300 com empuxo estático de até 6.800 kg, mudança do radar R1-L "Spin Scan" para o "Jay Bird" (com capacidade para iluminar alvos e também para operação noturna), ECM (contramedidas eletrônicas) e RWR (Receptor de alerta por radar) aperfeiçoados. A produção total, em todas as variações ultrapassou as 20.000 unidades, operadas por forças aéreas de 50 países (auge dos anos 70). A força aérea indiana foi um dos maiores usuários deste avião depois de ser usado na Guerra Indo-Paquistanesa com bons resultados. Essa guerra testemunhou o primeiro combate aéreo supersônico quando um MiG-21 derrubou um F-104 Starfighter. O MiG-21 ainda permanece em serviço ativo e existem programas de melhorias em seus aviônicos para iguala-lo aos seus atuais rivais ocidentais.

O KIT:

Achei por acaso um kit de 1994 do Mig 21 MF (Revell 1:32: Versão Sérvia/Croata) à venda num site de compras "on-line". Não resisti e adquiri o kit de uma loja do RJ. Estava com a caixa sem lacre (um pouco amassada), mas com as grades (sprues) ainda lacradas e intactas. Não tive problemas na compra pela internet.

Ao abrir a caixa, deparamos com a velha fôrma daquele kit do Mig 21 Revell 1:32 (Versão Soviética pintado na cor vermelha) de 1979 (Alguém lembra?). Em 1994, a Revell mantinha parceria com a "Brinquedos Estrela" (aqui no Brasil) e lá fora com a MONOGRAM Americana. Nesta versão de kit, notamos claramente que foi anexada uma galha com as carenagens e canopy necessários para mudar a versão antiga (PFM se não me engano) para a "MF" (inclusive estas peças têm um plástico de melhor qualidade, uma cor cinza ligeiramente diferente e alguns detalhes em baixo relevo da fôrma da MONOGRAM).

Nota-se facilmente uma diferença de qualidade nas peças MONOGRAM x Revell. Os decais são da versão Sérvia/Croata (aparentemente bons) mas não vou usá-los, pois o objetivo desta montagem será criar a versão Egípcia deste avião. Claro que o kit não é um padrão "Tamiya" ou "Trumpeter" mas não é todo plastimodelista que pode (ou esta disposto) a desembolsar quase 500 reais para montar um kit escala 1:32 desta categoria. Não digo que o kit da Trumpeter não vale isso. Eu avaliei este kit numa loja e ele é simplesmente maravilhoso. Aparentemente não precisa de modificação alguma (até os pneus são de borracha!), mas desafio é desafio: fazer um Revell dos anos 70 ficar bom é algo que destaca seu trabalho – Sem contar a Economia Financeira!

Este kit do MIG-21 Revell é composto de aproximadamente 120 peças plásticas na cor cinza com poucos detalhes em baixo relevo (o "alto relevo" é característica de kits antigos como este). As peças transparentes são relativamente boas e o armamento presente neste kit é composto apenas do tradicional canhão GSh-23, duas bombas FAB-250 (de 250 kg) e dois mísseis AA-2 ATOLL (também conhecido como K-13 pelos soviéticos). Tudo bem "modesto" para os kits da época. O folheto de instruções é bem simples e as referências para pintura são razoáveis. Para quem gosta de montar direto da caixa, o resultado obtido será razoável, por isso optei pela modificação "expressiva" do kit.

PREPARAÇÃO:

Uma vez desembaladas as peças, começo a avaliação do que será feito. Destaquei tudo, verificando se faltou algo e também a qualidade das peças. Para um kit de 1994 estava bom demais. Creio que a parceria da MONOGRAM com a Revell deu um "fôlego" de qualidade no kit. Meu objetivo será usar o kit Revell como base para uma melhoria, acrescentando diversos detalhes em alumínio, cortando aqui, substituindo ali, etc.

O primeiro passo é colher toda informação necessária do avião usando literatura especializada, revistas, e principalmente as fotos achadas na internet (os Walkarounds"). Vale tudo para se informar sobre o avião e assim, poder mudar (ou melhorar) no modelo, o que for necessário.

Avaliando as peças, os encaixes estavam bons, pouca coisa a corrigir em termos de empenamento das peças (grata surpresa para um kit Revell 1:32 desta época). A versão Egípcia que pretendo montar é do desconhecido esquadrão dos "Red Demon’s Head" ("Demônios da cabeça vermelha") que defenderam o Egito contra Israel no final dos anos 70. Nesta época, o Egito trabalhava com esquadrões dispersos e existem referências a esta unidade aérea (vide livro: "ARAB MIG-19 AND MIG-21 UNITS IN COMBAT").

Nesta montagem o modelo terá o canhão GSh-23, dois mísseis ATOLL AA-2-2 “Advanced Atoll” (o AA-2 é guiado pelo calor, o AA-2-2 é guiado por radar), um tanque central de 490 litros e dois lançadores de foguetes soviético UV-16-57 que serão obtidos da modificação de dois lançadores de foguetes SNEB de outro kit 1:32 (Este kit do MIG-21 não tem este tipo de armamento). Trata-se do padrão para ataque ao solo Egípcio (com armamento fornecido pela União Soviética).

A "TÉCNICA DO ALUMÍNIO":

Muitos plastimodelistas trabalham com kits de detalhamento em resina, photo-etchs, placas de acetado, etc. Dentre as técnicas tradicionais e não tradicionais, Eu trabalho com alumínio de latas de cerveja. Funciona? Sim, tenho um kit 1:32 do MIRAGE 5 convertido para o KFIR C7 Israelense onde utilizei esta técnica e ficou muito bom. O alumínio é fácil de cortar, lixar, dobrar, moldar e pintar. E também é muito prazeroso de se obter!! (Compre uma dúzia de latas de cerveja - da marca que preferir - consuma "com moderação" e depois corte as latas vazias obtendo chapas de alumínio que são bem finas e adequadas para trabalhos em qualquer escala). Consigo fazer quase tudo com elas: photo-etchs, placas, peças, tubos, etc. A colagem pode ser feita com colas do tipo "isocianoacrilato" ou até mesmo com "cola branca". Basta ter paciência.

ETAPA 01: "MODIFICAÇÕES INICIAIS"

Cortar um kit deixa qualquer um "de cabelo em pé". Mas já me acostumei. Quando termino de cortar, dá aquela impressão de que "ficou horrível" mas é só a primeira impressão. Nada que uma boa putty, lixa e adaptação não resolva.

A fuselagem do MIG-21 tem quatro portas destinadas à sangria de ar (para dentro e para fora) ajudando na alimentação da turbina. Estas entradas são fechadas no kit e sua abertura com real posicionamento das portas, melhoram a qualidade final do modelo.

Efetuei estes cortes com o auxílio de uma micro-broca e furadeira elétrica, obtendo um verdadeiro "rombo" na peça. Usando as chapas de alumínio, este "rombo" é moldado para o formato real da peça e as portas destes orifícios também são confeccionadas no alumínio. Vejam, nas fotos, os resultados preliminares. Nesta peça da fuselagem, as caixas de rodas do trem de pouso principal também foram cortadas (onde as rodas ficam quando recolhidas), para simular um efeito mais realista quanto à profundidade, tubulações e fios. Será necessário a inclusão de detalhes nestas caixas de rodas para obter mais realismo.

As asas e empenagem vertical também sofreram cortes separando o leme de direção, flaps e ailerons. Tudo visando o posicionamento dos mesmos em ângulos diferentes para melhor realismo.

CONTINUA NA PRÓXIMA ETAPA...

Texto e Fotos:

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