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Revell Mikoyan-Gurevich Mig21MF Fishbed 1/32

ETAPA 04: "ASAS E REBAIXAMENTO DE PAINÉIS"

As asas do MIG-21 versão “MF” são ligeiramente diferentes das asas dos modelos anteriores (MIG-21 F, PF, FL, PFM). Pelo fato deste kit herdar uma fôrma de versões anteriores (as asas apresentam detalhes da versão PF), foi preciso corrigir alguns pontos para adequar à versão correta deste trabalho.

Comecei removendo o atuador do flap presente na parte inferior das asas. Sua localização correta na versão MF é no centro do próprio flap e não ao seu lado (como era na versão PF).

Outro detalhe também incorreto é o farol de pouso/inspeção presente embaixo da asa. No Kit somente a asa esquerda apresenta tal detalhe que está em posição incorreta para a versão MF (no modelo real existem faróis em ambas as asas). Eliminei o detalhe antigo enchendo-o com putty e lixando, após seca. Existe outra saliência na mesma asa esquerda que deve ser igualmente eliminada com putty. Utilizando os Walkarounds, marquei com um lápis o local correto onde estes faróis realmente devem ser apresentados.

Internamente, o desenho das caixas de rodas das asas do MIG-21 Revell possui “paredes” que, quando colamos as metades das asas, obstruem o visual correto das caixas de rodas, ficando totalmente irreais quando comparados às fotos dos detalhes internos das mesmas. Removi estas “paredes” recortando-as com um estilete e lixando o local. Para um detalhamento correto, isto deve ser executado antes que sejam unidas as metades das asas, pois as caixas de rodas deste avião possuem muitos detalhes visíveis quando em pouso, não sendo justo deixar esta parte sem o devido detalhamento com cilindros de O2, cabos e parte hidráulica (detalharei esta etapa mais adiante).


Na foto, a asa da direita já esta com as “paredes” devidamente removidas e lixadas. Compare com a asa esquerda, ainda aguardando a modificação.

Ailerons e flaps são montados, lixados e moldados conforme as fotos do original. Como pretendo mantê-los móveis, usei pequenos eixos feitos de pedaços de alfinetes de costura aquecidos no fogo, fincados nas laterais destas superfícies de comando. Estas peças são encaixadas (sem colar) entre as duas metades das asas no momento de uni-las. As duas metades das asas recebem um pequeno corte (“chanfro”) feito com estilete, para formar o local de fixação/atuação dos eixos (repito: sem cola).



Esta foto mostra as superfícies de comando devidamente preparadas para atuar como superfícies realmente móveis. Note o atuador do flap devidamente retirado e o local de retirada já lixado. É necessário um pequeno entalhe no aileron para criar a dobradiça de atuação do mesmo.

Voltando aos faróis de inspeção das asas, uma vez marcados os locais corretos, furei ambos manualmente (um em cada metade inferior da asa) usando brocas de aço para furadeira elétrica (bem amoladas). A primeira broca deve atravessar a metade inferior da asa e a segunda broca (de diâmetro bem maior) deve apenas furar um pouco para criar um aspecto côncavo. Colei por dentro, um pedaço de chapa de alumínio e pintei na cor “alumínio” as laterais dos furos.


Esta foto mostra o antigo local do farol de pouso/inspeção já tampado com putty e lixado. O novo farol está ao lado, na dimensão correta e suas laterais internas pintadas de alumínio. Note como se destaca a placa de alumínio no fundo do farol. Ainda teremos mais detalhes para este farol (veja mais à frente).


Esta foto mostra o detalhe da asa esquerda que deve ser coberto com putty. Na fase do improvisados “Photo-Etcheds”, teremos um detalhamento mais eficaz para enriquecer o modelo.

Já é hora de colarmos as metades das asas encaixando nelas as partes móveis (as superfícies de comando). Neste momento, senti a necessidade de efetuar um “rebaixamento de painéis” no modelo, pois o resultado ainda estava deixando a desejar. Isso gera mais trabalho, pois o recomendado para o rebaixamento de painéis (mais conhecido como “Scribbing” ou “re-scribbing”) é que ele deve ser feito ANTES de se colar as partes do modelo, mas, como decidi fazer isso agora... Paciência! Mãos a obra!

O rebaixamento de painéis para este kit foi feito com a ponta seca de uma ferramenta própria de relojoeiros e com o auxílio de uma régua maleável. Como todo o kit já possui os painéis em alto relevo, então, bastou usá-los como guia, passando a ponta seca com certa firmeza, criando assim um “sulco” que forma o baixo relevo na peça (depois é só lixar a antiga e dar acabamento). Com umas três noites de trabalho, efetuei o improvisado “Scribbing” nas asas e na fuselagem já pronta (sempre como base nas fotos dos Walkarounds). Alguns cortes arredondados precisaram de certa destreza e não ficarão “100%”, mas o resultado ficou bem melhor que deixar o kit com aqueles “alto relevo” originais. Conforme o modelo do avião, eu prefiro deixar alguns pontos em alto relevo, pois os aviões reais têm diferenças entre painéis mais altos ou baixos (o MIG-21 é um caso destes). Aqui vale uma dica: não confie muito em desenhos. Por mais que sejam bem feitos, eles sempre apresentam informações divergentes, se comparados ao modelo original. Fotos do aparelho real são sua melhor referência para evitar erros no detalhamento de um kit.

Uma vez coladas as metades das asas, suas superfícies de comando e efetuado o “Scribbing”, podemos colar os detalhes das asas.


Teste de fixação das asas na fuselagem. Notem as linhas agora em baixo relevo e flaps/ailerons posicionados (agora podemos posicioná-los em qualquer ângulo real).

Os cabides, devidamente lixados, foram colados em seu lugar. Aqui vale um detalhe importante, mas pouco observado nos kits deste modelo. Os primeiros MIG-21 possuíam apenas um cabide por asa (o mais interno). Este cabide originalmente não possui tubulação para tanques extras. Nas versões que se seguiram, o aparelho ganhou mais um cabide por asa, este dotado de tubulação interna para transportar tanques de combustível extra (por isso vemos uma configuração não muito usual de tanques nos cabides externos e mísseis nos cabides internos). A HAL Indiana (fabricante do MIG-21 sob licença em Nasik) adotou por criar um pequeno mecanismo improvisado e externo, que fez com que o cabide interno passasse também a transportar tanques extras. Esta e outras melhorias implementadas pela HAL indiana em 1973 (versão “M”) foram posteriormente adotadas pela MIKOYAN, gerando assim a versão “MF” do MIG-21. Nos Walkarounds desta versão, está clara esta modificação, presente no cabide interno (mas não vi este detalhe nem no kit Trumpeter do MIG). Adicionei este detalhe furando o local da tubulação com o auxílio de uma pequena broca. Um pedaço de alfinete de costura com um pequeno pedaço de sprue moldado e chapa de alumínio devidamente confeccionada criaram o referido detalhe.


Tubulação agregada ao cabide interno para levar combustível do tanque extra até um dos tanques principais das asas.

Na versão MF, as pontas das asas são dotadas de sensores IFF (identificação amigo-inimigo) que funcionam também como descarregadores de estática. Confeccionei estes detalhes nas pontas das asas usando uma pequena chapa de alumínio e um pequeno pedaço de linha de Nylon com uma gota de isocianoacrilato na ponta (para formar o detalhe arredondado na ponta do sensor). O resultado ficou bacana, bem similar ao verdadeiro e com a vantagem de ser maleável (estes detalhes são danados para se acidentar durante o manuseio do kit).

No kit Revell, as luzes de navegação das asas estão ausentes. Por isso, moldei ambas com putty em seu devido local. Elas serão pintadas posteriormente.


As fotos mostram os detalhes da luz de navegação esquerda e da dobradiça do aileron direito. A luz foi confeccionada em putty e a dobradiça em chapa de alumínio.

Não acabou ainda. Falta a finalização de detalhamento dos faróis de pouso, e detalhes gerais das asas onde utilizo “Photo-Etcheds” improvisados em alumínio.

Se observarmos as asas do MIG-21 MF, veremos vários detalhes de chapas de inspeção totalmente ausentes no kit Revell. Usando as chapas de alumínio e com o auxílio do computador para calcular o tamanho destes, confeccionei estes pontos de inspeção cortando-os diretamente na chapa de alumínio. As peças (iguais a um Photo-Etched) recebem rebites feitos um a um, no verso das mesmas, com o auxílio de uma punção. Bem trabalhoso, mas com resultados satisfatórios, pois o quase imperceptível relevo elevado personaliza o kit em realismo. Este improvisados “Photo-Etcheds” são colados com isocianoacrilato, antes da pintura da camuflagem.


Visão superior das asas, já com seus detalhes dos improvisados “Photo-Etcheds” em alumínio.


Visão inferior das asas, já com os detalhes dos improvisados “Photo-Etcheds” em alumínio.



Mais detalhes dos improvisados “Photo-Etcheds” em alumínio.

Novamente continuando com os faróis de pouso/inspeção, cortei dois aros em alumínio e detalhei seus rebites com a punção. Cortei duas peças redondas (em chapa de acetado transparente) para montar os “vidros” dos faróis de pouso. Aqueci a ponta de uma linha de nylon (levemente) para formar a lâmpada. Cortei e colei antes de colar os aros e “vidros”. Com tudo montado diretamente nos furos já prontos, o resultado para estes faróis ficou interessante e mais realista.


Detalhes dos aros e “vidros” cortados respectivamente em alumínio e chapa de plástico acetado.


Os faróis de pouso/inspeção já prontos. Detalhes pequenos, porém trabalhosos.

Para finalizar esta etapa, os atuadores dos flaps (agora móveis), precisam ser fechados com placas, exatamente em suas junções de atuação. Nos aviões franceses, este tipo de junção é uma espécie de borracha que se comprime e estica conforme o movimento, porém, nos MIG-21, são usadas chapas de metal mesmo.

Usando chapas de alumínio, cortei três peças que, coladas nas referidas junções, atuam como se fossem as originais (o funcionamento ficou semelhante). Confiram nas fotos a seguir.



Dois ângulos diferentes das asas (vista inferior), já com seus detalhes prontos.

CONTINUA NA ETAPA 05...

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