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Revell Mikoyan-Gurevich Mig21MF Fishbed 1/32
ETAPA 10: "CAIXA DE RODAS E PINTURA INFERIOR" A caixa de rodas do trem de pouso principal do MIG-21 tem duas variantes técnicas. Alguns fabricantes de kits costumam confundir e "trocar as bolas" detalhando ao kit uma caixa de rodas que na verdade pertence à outra versão do avião (embora seja um detalhe imperceptível e não impactante no resultado). As primeiras versões do MIG-21 apresentavam a caixa de rodas tracejada estruturalmente e com pouca profundidade, comportando uma roda de tamanho "normal". Nas versões PF em diante, houve o aumento do tamanho dos pneus, com calibragem suficiente para suportar operação em pistas semi-preparadas ou improvisadas, culminando numa roda bem maior. Esta mudança de tamanho da roda impactou na reformulação da caixa de rodas principal no quesito "profundidade" e disposição da parafernália hidráulica (daí o aparecimento daquela saliência na fuselagem para acomodar a enorme roda). O padrão "sem flange" pode ser identificado até a versão de reconhecimento do MIG-21. Da versão "BIS" até a versão MIG-21-93 (A versão evolutiva e modernizada do MIG-21), o padrão "com flange" foi aplicado. A diferença resumida entre ambas é a redução dos componentes atuadores e uma "flange" protetora destes componentes (daí o nome "com flange"), dando um tom mais "limpo" ao conjunto. A versão MF possui o tipo "sem flange", com seus componentes bem visíveis e até grotescos em tamanho (também, estamos falando de um projeto dos anos 50!).
O kit da Revell apresenta a caixa de rodas principal sem detalhes (somente nas asas temos alguma coisa em fiação e condutores), mas, estruturalmente, está correta. Nesta fase, as caixas de rodas do MIG-21 devem ser detalhadas em conjunto com a pintura inferior, pois a parte central conjuga o tanque central de 490 litros e as portas do trem de pouso principal. Decidi fazer a pintura inferior em primeiro lugar, para não impactar na montagem das portas principais. Era necessário acrescer alguns detalhes antes de começar a pintura. Um exemplo foi o freio de ar do modelo. Este apresenta um bom grau de detalhamento, porém, a parte da fuselagem onde o mesmo se encaixa não apresenta o alto relevo fixo desta peça. Com pequenos pedaços de carga de caneta "BIC" criei estes detalhes. Colei quatro unidades em pontos previamente marcados e depois enchi com cola isocianoacrilato. Este pequeno detalhe geralmente passa despercebido aos montadores de kits MIG-21 da Revell, por isso, fiz questão de agregar mais este adendo ao modelo.
Outro detalhe necessário a esta fase é a sonda de pressão. Criei este detalhe utilizando chapa de alumínio no formato de um pequeno tubo, com seu fixador vertical.
Um improvisado primmer somente na parte inferior do modelo para ver o resultado dos detalhes acrescidos e corrigir imperfeições de massa putty.
Em seguida a aplicação da pintura definitiva. Usei o azul HCSG-30 (padrão "SG HELLBLAU") da Hobby Cores ©.
As demais peças, portas e freios de ar recebem o tom "Silver Crome" (automotivo) e depois o tratamento de "sujeira" simulando óleo.
O conjunto do freio de ar dianteiro recebeu um detalhe interno feito em chapa de alumínio perfurada. Como esta peça fica aberta e à mostra, este detalhe é necessário para melhor resultado.
Depois, as caixas de rodas recebem pintura "Silver Crome" (a mesma das portas das caixas de rodas). Normalmente, usamos o metálico para elas (isso nos aviões soviéticos), porém, o cromo funciona melhor quando queremos deixar o modelo bem "sujo" e desgastado. Mais adiante vocês vão entender o porquê do uso desta cor, observando o resultado.
O tanque de combustível transportado no cabide central do avião foi montado e recebeu rebaixamento de painéis nos pontos apresentados por alto relevo (típico nos kits Revell). Após o processo de rebaixamento, recebeu pintura e Wash nos sulcos (feitos com tinta guache negra).
O compartimento do pára-quedas de freio recebe a pintura cromo (internamente).
Uma vez pintada a parte inferior do modelo, apliquei uma técnica de sombreamento nos contornos de painéis, simulando o efeito do "pre-shading" (na verdade é um "pos-shading"). Apliquei a "sujeira" de óleo no freio de ar ventral e fixei a peça em seu local apropriado.
As caixas de rodas agora recebem a "sujeira" de óleo. Um pincel molhado com tinta preto fosco (com o excesso retirado numa folha de jornal) é aplicado nas caixas de rodas, proporcionando este efeito. A dosagem do cromo brilhante com o preto fosco gera um efeito bem realista para a situação pretendida.
Agora é hora de mais detalhamentos! Começamos pelas portas do trem de pouso principal. No MIG-21 MF que pretendo retratar, elas apresentam um aspecto bem desgastado. A mesma técnica utilizada na caixa de rodas é aplicada nestas peças, mas antes, o decal contendo as instruções de manutenção do trem de pouso é aplicado em cada uma delas.
No MIG-21, os cilindros de O2 e calibradores hidráulicos para o sistema de recolhimento ficam alojados no porão traseiro das caixas de rodas (localizadas nas asas). São garrafas em formato esférico conjugadas com conduítes cilíndricos e metálicos para interligação e fixação. Retratei estas peças usando esferas plásticas usadas em colares infantis. Já vêem furadas e precisam apenas de lixamento e pintura. São 05 por asa: os azuis são cilindros de O2 e os negros possuem fluido hidráulico.
Os "chicotes" do sistema hidráulico das caixas de rodas foram feitos com capas de fios elétricos e detalhes em alumínio. Tudo pintado conforme as fotos dos "Walkarounds" obtidos na Internet.
Vejamos os resultados até agora: Cilindros de O2 colocados...
Chicote e outras tubulações feitas com fio de Nylon de lacre de loja de departamentos.
As portas das caixas de rodas principais já podem ser coladas. O alinhamento de ambas deve ser observado para não existir divergências nos ângulos de abertura.
Ainda tem mais detalhes. Mas antes vamos dar uma prévia do resultado até o momento.
Uma visão mais de perto.
Agora o restante dos detalhes. Tubulações feitas com fios de Nylon, capas de fios elétricos, arame fino e cabos elétricos de baixa bitola. Uso tinta fosca para o trabalho. A colagem é com isocianoacrilato e o efeito da cola em alguns detalhes dá o tom de brilho em pontos estratégicos, simulando "oleosidade" em partes das peças.
O porão do trem de pouso dianteiro retratado pelo kit Revell 1/32 é bem estruturado e lembra muito o do avião original. Faltam alguns detalhes que decidi incorporar.
Confeccionei duas minúsculas molas para a retração das portas do trem de pouso, bem como arames, alfinetes, pedaços de Nylon de lacres para detalhamento da parafernália de operação destes componentes. Fabriquei duas pequenas peças em alumínio, para receber as molas e utilizei pedaços de sprue com alumínio para montar o cilindro pneumático de retração da roda dianteira. Acompanhem pelas fotos abaixo:
A roda é livre e o trem de pouso gira em seu eixo vertical para que seja possível posiciona-lo em "pose" de taxiamento.
Apliquei "sujeira" nas portas e no conjunto em geral. O aspecto melhorou muito e deu qualidade ao acabamento do kit.
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