A quem se destina

  Escolhendo seu kit

  Antes de começar

  Montando a cabine

  Cockpit em 8 passos

  Os Canopies

  Fazendo Canopis

  Re-Scribbing

  Rebites

  Estais

  Metal Fatigado

  Shading

  Giz Pastel

  Wash

  Envelhecimento

  Em Andamento...

  Especiais

  Walk-Arounds

  Downloads

  Referências

  Sites de Aviões

  Outros Sites

 <<Voltar
Revell Martin B57B Canberra 1/72

Saudações!

Estou devendo uma montagem na escala 1/72 para mostrar algumas técnicas. Sendo assim, acompanhem a montagem em caráter "dobradinha" do kit Revell que retrata o B-57B "Canberra".


UM POUCO DE HISTÓRIA:

Antes da Guerra do Vietnã o Presidente Eisenhower determinou que os EUA não entrariam mais em uma guerra como a da Coréia, obviamente não usando toda sua força militar, partindo para uma guerra nuclear. Na prática, tiveram que repetir o erro: O pessoal, treinamento, aeronaves e armas estavam mal preparados para lutar no Vietnã. Inclusive, haviam atritos entre a USAF e o US Army, pois se preparavam para uma guerra convencional.


Em 1958, as crises em Quemoy e Líbano levaram a USAF a pensar em cenários de baixa intensidade. Estudos do US Army entre 1959 a 1961 mostraram a necessidade de Apoio Cerrado adequado em cenários de baixa intensidade. Os estudos mostraram a necessidade de cinco saídas por dia por batalhão. Outro estudo de 1961 já citava a necessidade de uma aeronave especializada em "Apoio Cerrado" e unidades especializadas. A operação deveria ser descentralizada com comando do US Army. Equipes de Forças Especiais treinando Rangers no Vietnã do Sul sabiam da importância do Apoio Cerrado e que o Vietnã do Sul podia ser aniquilado sem ele.


Em 1961 a USAF começou então a investir em cenários de baixa intensidade ou "COIN" (Contra Insurgência). A USAF não tinha jatos para operar no Vietnã em missões de COIN. Queria modificar o treinador T-37 para operar pela Força Aérea do Vietnã do Sul, mas era proibido por tratados. Então, a USAF escolheu duas aeronaves a hélice disponíveis: o T-28 e o B-26 para operar na região. A força inicial chamada de "Farm Gate" estava equipada com oito aeronaves de cada tipo mais dezesseis C-47. A força usava o apelido de "Air Commands" devido a tropa semelhante da Segunda Guerra Mundial. Logo estavam fazendo apoio cerrado apoiando tropas do Vietnã do Sul. Com a atividade aérea crescendo tiveram que criar um centro de comando "CRC" (Control and Report Center) onde o TACC operava.


No fim de 1964 a escalada da guerra aumentou com os combates em nível batalhão ficando mais comuns. A Força Aérea do Vietnã do Sul não dava conta de cobrir todas as áreas, pois as aeronaves eram insuficientes para cobrir as rotas de suprimentos comunistas no Laos e para cobrir as operações de Apoio Cerrado. Os primeiros jatos B-57 chegaram e foram os primeiros a voar sem um observador do Vietnã do Sul a bordo e com marcas da USAF. Paralelamente, as bases aéreas locais começaram a ser preparadas para operar jatos.


As aeronaves usadas para apoio cerrado no Vietnã variavam desde aeronaves a hélice como o T-28 Trojan, B-26 Invader e A-1 Skyraider até jatos como o F-4 Phantom, F-100 Super Sabre e F-105 Thunderchief. Alguns jatos de ataque especializados foram bem usados na missão como o A-6 Intruder, A-4 Skyhawk e A-7 Corsair e tinham fama de boa pontaria. Outras aeronaves a realizar missões foram as aeronaves de transporte artilhadas AC-47, AC-119 e AC-130. Os bombardeiros B-52 e B-57 também foram usados para apoio cerrado. O Vietnã do Sul usou também os jatos A-37 e F-5A. O A-37 foi oferecido a USAF para realizar a missão, mas não foi aceito.

O B-57 CANBERRA:

Na década de 50 a USAF queria substituir os B-26 Invader usados na Coréia, que tinha a tarefa de bombardeio visual à noite, tentando cortar as rotas de comunicações na Coréia. O substituto deveria levar mais bombas, ter boa autonomia e ter meios de detecção noturna (O foco para bombardeiro leve seria interdição noturna).


O Canberra concorreu com aeronaves já existentes como o B-45 (em operação e considerado antiquado), B-51 (projetado para apoio aéreo aproximado a baixa altitude), AJ-1 "Savaje" (lento), e o CF-100 canadense (poucas bombas). A USAF pretendia comprar 300 aeronaves para armar quatro Alas. Depois o total chegou a 403 aeronaves incluindo os modelos de reconhecimento.


A USAF concluiu que o Canberra seria um bom caça "qualquer tempo", bom para reconhecimento tático e bombardeiro de médio alcance a grande altitude. Voar alto colocá-lo-ia acima do teto do Mig-15 (A asa grande poderia causar muita turbulência a baixa altitude dificultando a pontaria). Seria armado com até quatro canhões M-39 de 20 mm e mais quatro metralhadoras M3 com 2400 tiros em cabides nas asas. Supunha-se que, devido a baixa carga alar, o Canberra seria melhor manobrável acima de 40 mil pés. Neste caso, teoricamente, não precisaria de armamento defensivo. Entretanto, o B-57 com motores J65-W mostrou ser bem manobrável e subia bem rápido.


A Martin americana foi contratada para fabricar 250 Canberra em março de 1951. Foi a primeira aeronave comprada fora do país desde a Primeira Guerra Mundial (o projeto "Canberra" é britânico). A nova cabine em fila melhorou em muito a visibilidade para os dois tripulantes. Nesta versão, redesignado B-57B, alguns pilotos o apelidavam de "Intruder", mas o nome britânico permaneceu também ("Canberra").

No dia 19 de fevereiro de 1965 foi realizado o primeiro uso do B-57 em combate no Vietnã (com alvos marcados por um O-1). Os FAC gostavam de operar com o B-57. Citavam que fazia o trabalho de quatro A-1 Skyraider. O Canberra era até mais fácil de ver no circuito e no ataque. Os Canberra também não pressionavam os FAC por falta de combustível como faziam os outros jatos. Questionados, os FAC colocavam o desempenho do B-57 como acima dos outros, sem considerar outras estatísticas.


O B-57 levava 2.000 lb de bombas internas e 3.000 lb externa em quatro cabides, mais canhões 20 mm nas asas. A autonomia e o emprego de dois tripulantes era ótimo para apoio cerrado.


No Vietnam, os B-57, em missões de apoio cerrado no Vietnã do Sul, atacavam com uma bomba por vez e podia manter o inimigo de cabeça baixa por um longo período. Eram nove bombas de 220 kg no compartimento interno e quatro nas asas (ou foguetes mais canhões ou metralhadoras).


As bombas geralmente eram quatro de uso geral de 340 kg ou Napalm. Às vezes levava foguetes, bombas de 227 kg, bombas fragmentarias de 100 kg ou casulo com flares. No compartimento interno geralmente eram quatro bombas de 340 kg, nove a treze de 227 kg, 16 a 28 de fragmentação com 100 kg ou Mk81 / Mk82. Raramente levava bombas de 454 kg. As bombas de fósforo M-35 e M-36 queimavam por 10-15 minutos e eram boas contra alvos de área e caminhões.


Os vietnamitas que se rendiam eram interrogados sobre os motivos da rendição. Sempre citavam o poder de fogo superior. Não havia onde se esconder e sempre eram pegos em movimentos. Estavam sempre mudando de tática por isso. Os ataques aéreos eram insuportáveis. Quando mostravam silhuetas de aeronaves, geralmente apontavam o B-57 como o mais temido. Foi até apelidado de "the screaming bird". Ficava sobre o alvo muito tempo e "nunca acabava" as bombas.


O Vietnã do Sul operou o B-57 por pouco tempo. Era pesado para os pilotos pequenos. Um piloto citou que atacava com várias bombas no mesmo alvo. A primeira para cair 100 metros antes (para amedrontar) e as próximas acertavam.


Nos ataques noturnos, utilizava apoio de outra aeronave detectando alvos e lançando flares de demarcação. O C-130 "Blindbat" usava sensores noturnos para auxiliar as buscas. Voavam em formação antes de lançar flares para o B-57 atacar. Os caminhões vietcongs atingidos geralmente produziam explosões secundarias e danificavam outros. Se o B-57 errasse, o impacto das bombas ainda podia danificar a estrada. As missões de interdição noturna na trilha eram arriscadas devido a artilharia antiaérea guiada por radar, porém era muito bom e "rendia" resultados. Só pilotos experientes voavam a noite.



Especificações do Martin B-57B:

  • Comprimento: 19,9 m
  • Envergadura: 19,5 m
  • Motores: duas turbinas Wright J65-W de 7.200 lbs de empuxo.
  • Armamento básico: dois canhões de 20 mm e até 5.000 lbs de bombas.
  • Velocidade máxima: 930 Km/h
  • Autonomia: 3.700 kms
  • Teto de serviço: 14.600 m

Texto adaptado do site: "Sistemas de armas" (http://www.sistemasdearmas.com.br)


A REFORMA...

Os kits são bem antigos. Tenho dois irmãos na mesma faixa etária que eu e estes modelos foram montados por eles há décadas... Coisa de criança. Pintura com Coralit (é o que dispúnhamos na época)...

Para retirar a tinta antiga, um banho de álcool comum e uma escova de dente velha para auxiliar. Deu um certo trabalho retirar a tinta...


Mas aos poucos a tinta vai saindo... Não é muito difícil...


A folha de instruções está intacta após 30 anos...



A marca interna da Revell americana no kit... Muito nostálgico...


Após remoção de toda a tinta antiga e lavar tudo com água, já posso apresentar as peças dos kits...







Parece ser um kit bem fácil de montar... Vamos ver no que dá...

CONTINUA NA PRÓXIMA ETAPA...

Texto e Fotos:

Eventos | Fórum | Eu Quero! | Mercado de Pulgas | Galeria
Variedades | Como Construir | Dicas | Ferramentas
Lojas no Brasil | Administrativo | Livros | Links

Melhor visualizado em resolução 1366 x 768